Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

etc.) Aparticipação era anônima e voluntária e os objetivos do trabalho estavam explicitados no questionário. Resultados: 327 estudantes
responderam à pesquisa (51% do corpo discente) destes, 19% do primeiro ano; 27% do segundo; 16,5% do terceiro; 16,1% do quarto;
21,4 % do internato. Nos dois primeiro anos do curso é pequena a participação em cursos de extensão e atividades relacionadas ao conhecimento
médico, havendo predomínio de atividades culturais, lazer e esporte. Esta tendência inverte gradualmente ao longo do
curso, com predomínio de plantões extra curriculares. Todas as atividades decrescem no internato, principalmente as culturais, de lazer
e esportes. O “desejo” por atividades extracurriculares na comunidade é baixo, em todos os ano do curso. Conclusões:. O projeto pedagógico
da FMP aponta um perfil generalista, com inserção na comunidade e no SUS desde o inicio do curso, mas, o ingressante vem com
idéia de médico especialista, de medicina privada, curativa e hospitalar. Embora cumpram as atividades curriculares, a grande maioria
procura atividades extracurriculares, complementares, que visam fortalecer sua visão de médico e não a do curso. Acreditamos que a
baixa procura por atividades complementares no internato deva-se em grande parte ao modelo de acesso à residência médica
Entendendo a Relação entre Médicos e Pacientes Através da Produção de Vídeos
Ataide, FJS 4
O. Júnior, HM 4
Costa, GPO 4
Introdução: as situações que permeiam as relações entre médicos e pacientes podem ser trabalhadas através de metodologias
ativas que familiarizem o estudante de medicina com os problemas e as soluções vivenciadas na prática médica. Objetivos: avaliar a
prática de metodologias ativas com vídeos no estudo da relação médico-paciente. Métodos: realizou-se um trabalho com participação
ativa de estudantes de medicina na encenação e filmagem de situações típicas vivenciadas pelo médico no momento da entrevista clínica.
Ao expor os vídeos em sala de aula, seguiu-se a discussão sobre o tema entre os próprios discentes e professores no Módulo Horizontal:
Relação Estudante - Paciente. Resultados: a produção de cenas sobre o cotidiano do médico no âmbito da entrevista clínica e sua releitura,
permitiu a aproximação dos estudantes com os problemas que envolvem a relação dos médicos com as várias possibilidades de
comportamento dos pacientes. Favoreceu o entendimento dos mecanismos que podem ser usados na entrevista para obter informações
e conhecer as características dos pacientes. Esta metodologia permitiu realizar uma avaliação global dos erros e acertos praticados nas
consultas encenadas. Conclusões: quando o estudo do momento de contato entre médicos e usuários se faz de maneira teatral, o estudante
se aproxima dos problemas vivenciados e problematiza os casos através das filmagens, aumentando a aprendizagem e a visão
auto-crítica que serão fundamentais para o futuro médico.
A Introdução da Discussão de Casos Clínicos como Nova Metodologia em Anatomia
Barros, GM5 Oliveira, HMNS5 Uchoa Júnior, BCM5 Porto, BKW5 Introdução: Muitas faculdades de medicina encontram-se em um processo de mudança do antigo currículo de ensino (modelo flexeneriano),
no qual predominava o ensino sem vinculação entre as disciplinas médicas. Baseando-se nas novas Diretrizes Curriculares, algumas
instituições realizaram mudanças na disciplina de Anatomia Humana através da introdução da discussão de casos clínicos. Objetivos:
Identificar se há satisfação dos alunos do curso de Medicina com a introdução dos casos clínicos na disciplina de Anatomia Humana como
metodologia de ensino. Além disso, foram avaliados, dentre outros, o desenvolvimento do raciocínio clínico e a relação interpessoal e coletiva.
Métodos: Estudo prospectivo e descritivo, com informações obtidas através de questionário contendo questões norteadoras estruturadas
especificamente para este estudo (objetivas: sim ou não). Asatisfação do aluno foi medida através da análise quantitativa de respostas afirmativas
e negativas, considerando a nova metodologia de ensino como satisfatória quando houver concordância de 70% dos alunos ou mais. O
questionário foi aplicado a 41 alunos do segundo ano do curso de medicina. Resultados: Das 41 pessoas que responderam ao questionário,
71% se mostraram satisfeitas com a introdução dos casos clínicos. 100% afirmaram que estes ajudam no desenvolvimento do raciocínio, inclusive
clínico; para 93%, estimulam a busca de conhecimentos na avaliação de hipóteses, no crescimento profissional e são um bom método
avaliativo; 88% acreditam que aprimoram o desenvolvimento da comunicação; 83% afirmaram que ajudam na habilidade de transmitir in-
4 Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.
5 Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Maceió, AL, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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