Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

Transferências na Formação Médica
Lucchese AC 13
Abud CC 13
DeMarco MA 13
Introdução: O aluno de graduação de medicina vive momentos intensos quando se depara com seus primeiros pacientes durante
sua formação médica. Colocar-se à frente de um paciente, aflito, exige que o aluno compreenda as diversas demandas de seu paciente.
Objetivo: O intuito deste trabalho é promover uma reflexão sobre os fenômenos psíquicos e emocionais presentes em qualquer relação
assistencial e discutir suas implicações e efeitos. Método: Além de um levantamento bibliográfico sobre o tema, consideramos experiências
relatadas por alunos do curso de graduação de medicina, para analisar os fenômenos psíquicos e emocionais envolvidos na assistência
aos pacientes. Resultados: o estudo propiciou uma análise do que o estudante tem a oferecer ao paciente, ajudando-o a observar
e valorizar as reações que ele pode despertar em seus pacientes, apesar de seu conhecimento ainda incipiente dos aspectos biomédicos
do adoecer. Conclusão: Na formação médica é importante que o estudante tenha clareza quanto a um princípio que Balint formulou
com muita propriedade: “o remédio mais usado em Medicina é o próprio médico, o qual como os demais medicamentos precisa ser conhecido
em sua posologia, efeitos colaterais e toxicidade” A atenção e observância a este preceito, seguramente ajudará o estudante a
compreender melhor o que ele tem a oferecer ao paciente, a observar e valorizar as reações que ele pode despertar no paciente, muitas
vezes intensas, apesar de seu conhecimento ainda incipiente dos aspectos biomédicos do adoecer.
Reflexos do Perfil Epidemiológico da População Atendida Pelo Projeto Extensão Médica
Acadêmica na Formação de Visão Integral e Interdisciplinar
Liu, G.K.H. 14
Carra, R.B. 14
Chaar, L.J. 14
Berach, F.R. 14
Silva, E.R. 14
Fiorelli, P.A. 14
Introdução: A Extensão Médica Acadêmica (EMA), projeto voluntário desenvolvido por acadêmicos de Medicina e Fisioterapia,
realiza atendimento ambulatorial em comunidades carentes. Os alunos entram em contato com o paciente desde o primeiro ano desenvolvendo
uma visão humanizada do paciente com interdisciplinaridade. Nesse contexto, é importante conhecer que experiência clínica
o projeto proporciona. Objetivo: Caracterizar o perfil do paciente atendido, a prevalência dos principais diagnósticos e a experiência
clínica proporcionada pela EMA. Método: Dados obtidos de prontuários de pacientes da comunidade carente do bairro Jardim São
Luís, São Paulo, atendidos entre janeiro de 2005 e junho de 2009. Foram classificados os diagnósticos da última consulta de acordo com a
10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), e analisados: sexo, idade, escolaridade, estado civil, número de filhos,
cor, religião e ocupação. Resultados: 78% dos pacientes são mulheres. 9% têm entre 15 e 25 anos, 28% entre 25 e 45, 49% entre 45 e 65 e
14% mais de 65. 12% são analfabetos, 64% cursaram apenas ensino fundamental, 22% médio e 2% superior. 52% têm parceiro fixo. 16%
não têm filhos, 39% 1 ou 2, 30% 3 ou 4 e 15% 5 ou mais. 56% dos pacientes receberam diagnóstico do capítulo 13 da CID-10 (Doenças do
sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo), 39% do capítulo 9 (Aparelho circulatório), 26% do capítulo 4 (Doenças endócrinas, nutricionais
e metabólicas), 56% de outros capítulos. 33% dos pacientes são hipertensos e 7% diabéticos. 88,5% dos pacientes atendidos
pela Fisioterapia apresentam diagnóstico do capítulo 13 e 11,5% do capítulo 9. Conclusões: A alta prevalência de condições abordadas
em conjunto pela Medicina e Fisioterapia contribui para visão integral do paciente e estimula a interdisciplinaridade. O contato com
doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus em tal contexto humanizado evidencia a importância de um
vínculo não superficial.
13 Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
14 Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
33: (4 Supl. 4) ; 2009