Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

simos por 4,9% dos alunos para os sete objetivos de aprendizagem avaliados. Nas atividades práticas, 46,1% dos alunos consideraram
os resultados ótimos, 30,9% bons, 15,6% regulares e 7,4% péssimos, para as oito habilidades propostas inicialmente. Para as nove habilidades
não propostas, houve 70,5% de regulares ou péssimos. Conclusões: A avaliação global foi considerada boa. Na discussão
especifica por item, a pesquisa identificou que há dois objetivos que merecem maior atenção dos docentes. Quanto às habilidades,
observa-se que os itens pior classificados são justamente os que não estavam previstos inicialmente, demonstrando que podemos
explorar outras oportunidades de aprendizagem nas atividades práticas.
O Projeto Terapêutico Singular como Prática da Clínica Ampliada
Giacomini, E 106
Bonfim, LGAS 106
Introdução: O entendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), de suas interfaces e princípios torna-se, muitas vezes, excessivamente
teórico e árido por parte dos acadêmicos de Medicina. O trajeto por bibliografias dificilistas e extremamente conceituais é alvo constante de
crítica por parte desses alunos, quando a disciplina em foco compreende a Saúde Coletiva. Cria-se então, nesse ensejo, a dualidade entre a necessidade
de criação de práticas em saúde coletiva e a dificuldade em compreender o sistema – por uma via assim, teórica – e, a partir disso,
planejar ações. Com tais dificuldades, o acadêmico de Medicina acaba, freqüentemente, afastando-se da realidade do SUS e de seu papel nele,
enquanto o que se deseja é que ele seja capaz de apropriar-se dele, assumindo a sua parcela de responsabilidade na gestão em saúde. Objetivos:
Discutir como é possível apropriar-se da vivência da Atenção Primária em uma Unidade Básica de Saúde, a partir de atividades pautadas
na prática da Clínica Ampliada. Métodos: Acompanhamento semanal, em equipe, da prática clínica em uma Unidade Básica de Saúde
vinculada à Instituição de Ensino Superior e à disciplina em questão. Elaboração de um caso clínico, aos moldes do Projeto Terapêutico Singular
– ferramenta do conceito de Clínica Ampliada. Apresentação e discussão de tais casos, entre grupos de alunos de diversas Unidades
Básicas de Saúde, proporcionando intercâmbio de experiências. Resultados: Aprática da vivência foi capaz de, naturalmente, evidenciar características
tanto universais como regionais do SUS. O enfrentamento das dificuldades e a aproximação e compreensão do paciente como
sujeito forma instigadores da moção acadêmica. Conclusões: o método proposto tornou mais aprazível a discussão dos conceitos anteriormente
referidos, assim como mobilizou e, efetivamente, sensibilizou os acadêmicos de Medicina por uma formação médica mais fundamentada
na Clínica Ampliada e mais comprometida com o SUS.
Inserção do Estudante de Medicina da Universidade Federal de Alagoas nas Práticas de
Gerência em Saúde
Galvão, MA 107
Rêgo, LM 107
Cavalcanti, SMS 107
Introdução: O gestor é responsável pela formulação de políticas/planejamento, financiamento, coordenação, avaliação e prestação
direta de serviços de saúde. Neste contexto, a disciplina de Gestão em Saúde do 3º ano do curso de Medicina da UFAL, inseriu os
alunos na administração e gerenciamento da saúde pública. Objetivos: 1) Identificar e descrever a população da área de abrangência do
Mini-Pronto Assis Chateaubriand e seus problemas gerenciais; 2) Avaliar o funcionamento da unidade na visão dos profissionais; 3)
Observar métodos de humanização e satisfação da população. Metodologia: Foram realizadas cinco visitas ao Mini-Pronto Socorro
Assis Chateaubriand, localizado em Maceió-AL, entre os meses de agosto e dezembro de 2008. Os questionários semi-estruturados foram
aplicados à diretora, funcionários e usuários para compreender o funcionamento e contemplar os objetivos da atividade. Houve
coleta de dados nos arquivos da unidade a fim de ser realizado um relatório de pesquisa com análise da situação local. Resultados: A
área possui uma população superior a 200 mil habitantes, caracterizada por baixa renda e escolaridade, condições precárias de saneamento
e elevado índice de violência. Não há conselho gestor e as decisões são tomadas de forma participativa entre gerente e profissionais.Asprincipaisfalhasobservadaspelosalunosforam:estruturafísica
pequena, inexistência de cursos de capacitação profissional,
106 Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.
107 Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil.
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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
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