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Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

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A Morte na Formação Médica: Implicações para Humanização do Cuidado<br />

Nogueira da Silva 22<br />

Ayres, JRCM 23<br />

Introdução e Objetivos: Apartir da narrativa <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina e resi<strong>de</strong>ntes da UFRN, buscou-se compreen<strong>de</strong>r o processo<br />

<strong>de</strong> construção do “ser médico“ e sua relação com o fenômeno da morte, com o intuito <strong>de</strong> investigar em que medida essa relação contribui<br />

para promover o distanciamento entre as tecnociências médicas e os processos dialógicos do cuidar no cotidiano da prática médica. Método:<br />

Pesquisa qualitativa com combinação duas estratégias tecno-metodológicas: entrevistas semi-estrutura com roteiro e oficinas com utilização<br />

<strong>de</strong> “cenas” projetivas. AFenomenologia Existencial, a Hermenêutica Gadameriana e a Teoria da Ação Comunicativa, <strong>de</strong> Habermas, constituem<br />

a base filosófica do trabalho <strong>de</strong> produção e interpretação das narrativas. Resultados: O “ser médico” é ancorado em um i<strong>de</strong>al que representa<br />

ser um médico técnico e humano na doença e na morte. Apesar <strong>de</strong> inseridos em uma cultura social e institucional <strong>de</strong> negação da morte,<br />

os entrevistados <strong>de</strong>monstram sensibilida<strong>de</strong> à re-humanização do processo <strong>de</strong> morrer. Essas concepções também estão presentes na proposta<br />

do currículo novo, mas encontra tensões diante do mo<strong>de</strong>lo biomédico em que estão inseridos. A iniciação na Anatomia <strong>de</strong>fine um tipo <strong>de</strong><br />

percurso a ser trilhado, baseado na expropriação da subjetivida<strong>de</strong> para se obter a garantia do conhecimento objetivo. Conclusão:Osestudantes<br />

e resi<strong>de</strong>ntes transitam entre os dois cenários, com escassos mo<strong>de</strong>los, poucas experiências para nominar e lidar com a morte, e muitos paradoxos.<br />

No seu encontro com o paciente à morte, esse cuidador se <strong>de</strong>para com as dificulda<strong>de</strong>s para não promover a distância entre intenção e<br />

gesto em suas interações. Por fim, os futuros médicos reclamam e revelam pistas que po<strong>de</strong>m contribuir para a transformação do ensino médico,<br />

na direção <strong>de</strong> tornar-se capaz <strong>de</strong> lidar com a relação razão e emoção; médico e paciente; técnica e cuidado; vida e morte, promovendo um<br />

cuidado humanizado e integral no saber–fazer em medicina, em saú<strong>de</strong>.<br />

22 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

23 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

167<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>

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