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Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

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Sessões Interativas em Educação Permanente em Saú<strong>de</strong> –SIEPS: Humanizando o<br />

Atendimento: Ouvindo e Cuidando da Pessoa<br />

Ezequiel, MCDG46 Pontes, MAG46 Bittencourt, SVS46 Carstens, LA46 Christ, RCC46 Vieira, SM47 Introdução: A Política Nacional <strong>de</strong> Humanização-HumanizaSUS vigente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003 vem abrir um campo, trazer aos olhos e<br />

ouvidos dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a função “CUIDAR”- empatia, solidarieda<strong>de</strong>, escuta, liberda<strong>de</strong>, direito <strong>de</strong> escolha e <strong>de</strong>cisão participativa,<br />

investimento em qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (DESLANDES,2006). A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis/Faculda<strong>de</strong> Arthur Sá Earp<br />

Neto (FMP/FASE) investe nas SIEPS e no cuidado da pessoa. Objetivos: Escutar e perceber a importância <strong>de</strong> saberes populares, valores<br />

e cultura; Tornar o usuário (U) agente ativo do seu cuidado, promotor <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong>; I<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong> forma apreciativa e estimular capacida<strong>de</strong>s<br />

e potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> usuários. Método: As SIEPS são sessões em que <strong>de</strong> forma multiprofissional e interdisciplinarmente discutem-se<br />

casos <strong>de</strong> pacientes da comunida<strong>de</strong>. Eles são trazidos por quaisquer dos membros das 5 equipes <strong>de</strong> USF geridas pela FMP/FASE<br />

seja <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m biológica, social, psicológica. Após ouvirmos os relatores: estudantes, médico, enfermeiro e agente comunitário, docentes<br />

envolvidos trazemos o paciente e/ ou seus familiares para a roda. Ele se abre, conta suas dificulda<strong>de</strong>s, dúvidas, <strong>de</strong>sesperos, gostos, vonta<strong>de</strong>s<br />

e expectativas <strong>de</strong>sse encontro. As condutas e plano <strong>de</strong> cuidado, elaborados por todos, são ajustados às características e necessida<strong>de</strong>s<br />

da pessoa. Resultados: Foram 91 sessões discutidas com a presença do paciente e ou familiares, criando e estreitaram vínculos protagonizando<br />

os sujeitos e intersubjetivida<strong>de</strong>. Algumas frases: “Ótimo, pois a assistência à saú<strong>de</strong> melhora muito” (U1) “Sim, trouxe benefícios”<br />

(U2) “(...) não tive atenção e cuidado em nenhum hospital como a que tive na sessão”(U3). “Ótimo. Demonstra interesse por<br />

nossa saú<strong>de</strong> e bem-estar” (U4) “Acho que é bom (...) fazer isso melhora as ações do serviço(...).”(U5) Consi<strong>de</strong>rações Finais: Percebemos<br />

com as SIEPS que o CUIDADO vai muito além <strong>de</strong> diagnosticar e tratar. Vivenciando as dificulda<strong>de</strong>s, inseguranças, conseguimos nos<br />

aproximar mais dos usuários e tê-los sempre por perto, acolhendo-os e lhes dando apoio e respeito.<br />

Narradores <strong>de</strong> Passagem<br />

Abreu, LA 48<br />

Antonio, MR 48<br />

Jaskonis, SR 48<br />

Kaczorowski, E 48<br />

Introdução: com o passar dos tempos, nossa socieda<strong>de</strong> foi per<strong>de</strong>ndo a capacida<strong>de</strong> ritual, <strong>de</strong>ixamos nossos doentes para os hospitais<br />

e nossos mortos para as funerárias cuidarem, porque a idéia da morte é encarada com disfarçado terror, o que faz com que haja<br />

uma tentativa <strong>de</strong> isolar essa complexa passagem do convívio das pessoas saudáveis e, nessa tentativa, são afastados os doentes, principalmente<br />

os terminais, mas isso não ocorre apenas com a passagem da morte, ela é apenas a mais complexa. Objetivos: contribuir para<br />

a humanização do ambiente hospitalar, resgatar a função social da arte e colocar em questão a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações solidárias e voluntárias<br />

na construção <strong>de</strong> uma mo<strong>de</strong>rna comunida<strong>de</strong>. Métodos: visitas <strong>de</strong> narradores voluntários para narrarem histórias <strong>de</strong> passagem em<br />

hospitais, casas <strong>de</strong> repouso e instituições congêneres às pessoas que estão envolvidas nas principais passagens. Resultados: em 2005 foram<br />

criadas narrativas com o tema da morte, em 2006, apesar da resistência por parte dos hospitais, iniciou o trabalho em campo e hoje<br />

são 30 narradores atuantes, 20 em formação e uma lista com 47 instituições a espera <strong>de</strong> novos narradores. Conclusões: A arte do narrador<br />

teve seu auge no passado e agora aponta para o futuro que, neste presente, começa impor sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar experiências<br />

verda<strong>de</strong>iramente humanas, num local carente <strong>de</strong> contato humano e que dialoga com seu publico sobre o momento que ele está<br />

passando; assim uma pergunta rompe o silêncio - o ouvinte se emociona com a história ou com o contato humano estabelecido? - essa<br />

pergunta não po<strong>de</strong>rá ser integralmente respondida no tempo presente porque há muito a ser experimentado e refletido nesse campo,<br />

mas po<strong>de</strong>mos começar a enfrentar essa questão, refletindo e pesquisando para agregar experiências nessa trajetória.<br />

46 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

47 Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

48 Instituto Narradores <strong>de</strong> Passagem, Santo André, SP, Brasil.<br />

555<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>

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