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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Chega<strong>dos</strong> ao final do ano lectivo, e tendo nós inicialmente planificado que o<br />

PP seria implementado apenas ao longo desse ano, a mudança de situação da<br />

própria investigadora 18 e a necessidade sentida de recolher mais da<strong>dos</strong> levou a<br />

que se decidisse prolongar a intervenção até ao ano lectivo seguinte.<br />

Esta necessidade de da<strong>dos</strong> não estava somente ligada à quantidade, que nos<br />

parecia ainda insuficiente face aos objectivos e ao facto de encararmos já este<br />

trabalho como estudo de caso (com as implicações metodológicas daí decorrentes),<br />

mas, e sobretudo, à consciência de que, por um lado, a vontade de não influenciar<br />

em demasia os desempenhos das aprendentes tinha levado a que estas tivessem<br />

tido pouco feedback em relação a esses mesmos desempenhos, e de que, por outro<br />

lado, a presença da investigadora em sala de aula e o seu pensar das actividades e,<br />

principalmente, a forma como estas se deveriam desenrolar, tinham retirado<br />

alguma espontaneidade e eventual enriquecimento do trabalho, quer por parte das<br />

alunas, quer por parte do próprio professor. Dito de outro modo, parecia-nos que,<br />

por um lado, o facto de estarmos fisicamente presentes na sala de aula,<br />

acompanhadas de material de gravação, teria deixado aquelas alunas pouco à-<br />

-vontade, e, por outro lado, o detalhe com que concebíamos as actividades e o<br />

modo como elas se deveriam desenrolar, indicações que eram fornecidas ao<br />

professor, condicionava em excesso a actuação deste e, sobretudo, eram motivo<br />

para alguma insegurança, quando, por não terem sido concepção sua, o desenrolar<br />

das actividades tomava outros caminhos (ou, pelo menos, seguia atalhos). Uma<br />

outra inquietação nos tinha também surgido por esta altura: a de que, apesar de<br />

termos incluído as actividades propostas nas temáticas previstas no Programa e<br />

Planificação da disciplina e da nossa vontade de que essa integração fosse natural,<br />

elas tinham acabado por surgir algo desgarradas do trabalho geral da disciplina,<br />

sentidas pela turma um pouco como “intrusos”, como “favor” a um projecto que<br />

lhes era alheio e cuja relação com a <strong>aprendizagem</strong> da língua latina só com alguma<br />

boa vontade certas aprendentes, em particular, conseguiam reconhecer (cf.<br />

18 (que passou a bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia, dispondo por isso de mais tempo para dar<br />

cumprimento ao projecto)<br />

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