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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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como tendo detido este estatuto e, mesmo esta, foi prioritariamente alvo da<br />

disciplina em que o PP foi desenvolvido, e não tanto alvo do PP em si.<br />

474<br />

Neste ponto em concreto, diferimos, igualmente, da maioria <strong>dos</strong> projectos<br />

construí<strong>dos</strong> em torno da noção de <strong>Intercompreensão</strong>, na medida em que eles<br />

assumem como objectivo específico fazer aprender as línguas em causa,<br />

geralmente pertencentes a uma mesma família.<br />

As questões que norteiam a reflexão realizada neste capítulo serão, então: o<br />

que pretendíamos que aprendessem as alunas da turma com que trabalhámos?<br />

Podemos considerar que tivemos um objecto de <strong>aprendizagem</strong>, ou o que<br />

realmente nos guiou foi um objectivo (e de que tipo)? Consequentemente, em que<br />

domínio da DL actual se inscreve a nossa proposta?<br />

Segundo Beacco (2004: 47/48), o desenvolvimento de um ensino de línguas,<br />

numa perspectiva plurilingue, implica: explicitar as finalidades das políticas<br />

linguísticas educativas (a cargo <strong>dos</strong> responsáveis políticos); elaborar um projecto<br />

coerente para as línguas (igualmente da responsabilidade de decisores políticos,<br />

desde o nível nacional ao regional ou associativo); definir objectivos globais, de<br />

forma prospectiva, em função das dinâmicas económicas e demográficas<br />

previsíveis; organizar o desenvolvimento da competência plurilingue ao longo da<br />

vida; promover uma educação para o plurilinguismo no quadro de uma educação<br />

pluricultural. Estes últimos pontos, dizemos nós, poderão ser toma<strong>dos</strong> a cargo<br />

pela Escola, nos seus diferentes níveis de actuação/decisão, já que tais<br />

competências se enquadram na caracterização das finalidades da escola como<br />

descritas por Alarcão:<br />

a escola, independentemente das características organizacionais que vier a<br />

adoptar, será sempre responsável pela criação de contextos de desenvolvimento<br />

de aprendizagens cognitivas, ético-morais, emocionais, volitivas, inerentes ao<br />

global desenvolvimento de cidadãos capazes de viver a cidadania e de, no seu<br />

exercício, se posicionarem como actores sociais, interventivos e críticos, aptos a<br />

desempenharem as tarefas que lhes cabem e a contribuírem para a construção<br />

de um mundo mais desenvolvido num ambiente físico e social mais saudável<br />

(2001: 57).

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