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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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língua, pelo menos nos moldes em que o propusemos, que se impunha uma<br />

intervenção de índole exploratória (Yin, 2003), quase experimental.<br />

Contudo, nem por isso servia os nossos propósitos o recurso a uma<br />

metodologia quasi-experimental, já que a própria natureza pessoal,<br />

contextualizada e dinâmica <strong>dos</strong> conceitos que nos propunhamos estudar no<br />

terreno, bem como a inexistência (ao nosso conhecimento) de investigações<br />

anteriores com objectivos e metodologias semelhantes à que estávamos a<br />

construir, dificilmente se coadunariam com uma metodologia de base<br />

comparativa, in which different groups of people or organizations receive different<br />

opportunities and the researcher attempts to demonstrate the differences among the groups<br />

on some type of quantitative measure (Anderson, 2002: 90).<br />

O nosso trabalho seria, em grande parte, exploratório das<br />

(im)possibilidades de trabalho com a componente “plurilinguismo” dentro da sala<br />

de aula e das eventuais implicações para os sujeitos envolvi<strong>dos</strong> na realização desse<br />

tipo de trabalho, sem que pudéssemos (ou quiséssemos) construir a priori um<br />

conjunto definido de reacções a medir quantitativamente a fim de comparar com<br />

reacções de um outro grupo que não tivesse tido oportunidade de realizar o<br />

mesmo tipo de trabalho. Encontramos ecos desta nossa postura em Erikson 3<br />

(1989), que defende que a descrição do fenómeno educativo deve começar por<br />

uma fase o mais intuitiva possível, sem uma perspectiva conceptual prévia que<br />

limite a “serenidade” do investigador.<br />

A nossa motivação principal não era demonstrar “cientificamente” que um<br />

determinado tipo de trabalho realizado em sala de aula levaria necessariamente a<br />

um determinado resultado no que respeita às aprendizagens <strong>dos</strong> alunos (uma<br />

abordagem de inspiração positivista que nem o tempo, nem os conhecimentos de<br />

que dispúnhamos à época nos permitiriam concretizar, e nem nos parecia<br />

adequada ao que pensávamos ser a virtualidade e o interesse de um trabalho do<br />

tipo do que pretendíamos propor); o nosso objectivo principal movia-se numa fase<br />

prévia a essa: consistia em tentar descobrir qual poderia ser esse “tipo de<br />

3 Referido em Rodrigues, 2001: 65.<br />

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