16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

identitária, comunicativa e política complexa, em que estas dimensões convivem e<br />

se interpenetram (cf. Byram, Gribkova & Starkey, 2002).<br />

402<br />

O processo de ensino-<strong>aprendizagem</strong> de uma dada língua não ganhará, por<br />

isso, em ser visto como uma unidade isolada, não só das restantes áreas do<br />

currículo de formação escolar <strong>dos</strong> aprendentes, como da sua própria vida (cf.<br />

Silva, 1999; Pacheco, 2000) – passada, presente e futura –, mas antes beneficiará de<br />

ser, ainda que pontual e esporadicamente (devido aos constrangimentos<br />

curriculares), olhado e pensado nesse seu enquadramento mais global, algo que<br />

um trabalho como o que propusemos no âmbito do PP poderá favorecer, ainda<br />

que possa constituir uma novidade e, por isso, levantar alguns problemas:<br />

(38) AP é assim... eu acho que este trabalho devia de ser feito... por exemplo nós quando<br />

aprendemos uma língua estrangeira / normalmente nós... não... não recorremos a outras<br />

línguas / por exemplo aprendemos o inglês... / é inglês aprendemos o francês... é francês / não<br />

há interdisciplina<br />

(…)<br />

(40) AP (…) só agora é que trabalhámos com esse método<br />

(Apêndice III.1 – nº93).<br />

Retomando a questão das estratégias de ensino-<strong>aprendizagem</strong> que as<br />

nossas aprendentes consideraram mais eficazes, vemos que, a par do contacto<br />

directo com “registos autênticos” das línguas, é por muitas delas atribuída grande<br />

relevância à realização de exercícios. Ainda que nem sempre as suas palavras<br />

esclareçam perfeitamente o tipo de exercícios a que se referem (algumas<br />

mencionam apenas a realização de trabalhos de casa), um deles, como tivemos<br />

oportunidade de confirmar posteriormente (Entrevista I – Anexo II.2), não estaria<br />

com certeza na sua mente – o trabalho com outras línguas que não a que constitui<br />

objecto de estudo da disciplina em causa:<br />

(13) E alguma vez um <strong>dos</strong> teus professores de línguas levou para a aula textos noutras<br />

línguas que não aquela que ele ensina?<br />

(14) AP ahm... não / penso que não<br />

(15) E e os professores de outras disciplinas? / alguma vez apresentaram textos que não<br />

em português?<br />

(…)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!