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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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projecto de investigação em causa. Do mesmo modo, se tudo é construído,<br />

também tudo é “construível”, num processo de investigação em Ciências Sociais (e<br />

não só; cf. Sousa <strong>Santos</strong>, 2002) onde se reconhece a implicação do sujeito que<br />

analisa no objecto analisado. Só desta forma, aliás, a <strong>aprendizagem</strong> realizada pelo<br />

investigador (e consideramos que qualquer investigador está num processo de<br />

permanente <strong>aprendizagem</strong>) – o qual, nesta perspectiva, assume um papel<br />

semelhante ao do aprendente escolar, tal como este é visto pelos construtivistas –,<br />

terá condições de ser significativa e duradoira, dando, por sua vez, ao sujeito<br />

condições de explicitação, divulgação, (abertura a) discussão e, consequentemente,<br />

integração do conhecimento construído no corpo de conhecimentos mais vasto<br />

que compõe a área científica em que se inscreve.<br />

52<br />

Assim, da mesma maneira que o professor construtivista would tend to<br />

explore how students see the problem and why their path towards a solution seemed<br />

promising to them (von Glasersfeld, 1989), nós assumimos que, ao desenvolvermos<br />

a nossa investigação, éramos a aprendente para a qual olhamos, agora, enquanto<br />

professora construtivista, procurando compreender precisamente como víamos o<br />

nosso problema investigativo e porque considerámos que o caminho seleccionado<br />

era o melhor! Assumimo-nos, assim, como investigadora e, simultaneamente,<br />

como um <strong>dos</strong> objectos da nossa investigação e sentimos, por isso, reforçada a<br />

nossa opção no que se refere, em particular, à estrutura desta dissertação e à forma<br />

como decidimos apresentar a investigação realizada.<br />

Consideramos, enfim, que “chegámos a conhecer”, ou que construímos<br />

conhecimento, desocultando as nossas motivações iniciais e as reflexões que<br />

tínhamos vindo a fazer sobre o processo de ensino-<strong>aprendizagem</strong> de línguas,<br />

conjugando-as com o conhecimento já produzido na área (nomeadamente sobre<br />

CP e <strong>Intercompreensão</strong>) e buscando a observação e análise de uma realidade<br />

concreta que se inscrevesse no campo de conhecimento no qual nos propuséramos<br />

trabalhar. Uma realidade que, por não existir a priori com os contornos deseja<strong>dos</strong>,<br />

foi objecto de intervenção e “manipulação” por parte da investigadora, num<br />

processo de exploração das possibilidades de concretização de uma realidade

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