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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Recorrer a técnicas de triangulação implicaria, então, o uso de diferentes<br />

méto<strong>dos</strong> de recolha de da<strong>dos</strong>, os quais, complementando-se, nos pudessem<br />

fornecer uma visão tão completa e aprofundada quanto possível da “realidade”<br />

que pretendíamos estudar, validando a investigação: (i) do ponto de vista interno,<br />

pela recolha de da<strong>dos</strong> que sustentassem com acuidade as alegadas descobertas a<br />

realizar; (ii) do ponto de vista externo, para permitir a outros (eventuais leitores<br />

<strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>) um conhecimento suficientemente aprofundado do fenómeno<br />

analisado, por forma a avaliar potencialidades de generalização ou adaptação aos<br />

contextos em que se movem ou investigam; (iii) do ponto de vista do conteúdo,<br />

pela cobertura o mais completa e fiel possível do domínio de que os instrumentos<br />

supostamente dariam conta (idem: 107-110).<br />

A validação, sobretudo externa, de uma investigação passaria também,<br />

segundo pudemos perceber, por uma documentação sistemática <strong>dos</strong><br />

procedimentos adopta<strong>dos</strong> (Lessard-Hébert, 1994: 76). Por isso, desde o início<br />

procurámos registar por escrito as decisões que íamos tomando, bem como<br />

documentar os processos de construção <strong>dos</strong> materiais e instrumentos de recolha<br />

de da<strong>dos</strong> a utilizar, referindo, nomeadamente, objectivos, raciocínios e literatura<br />

em que nos apoiáramos. A adopção deste procedimento revelou-se fundamental<br />

ao iniciarmos a redacção desta dissertação nos moldes em que nos propusemos<br />

fazê-lo: só pelo recurso a esses registos pudemos reconstruir, com relativa<br />

segurança e fidelidade, o percurso que fomos realizando no âmbito da construção<br />

deste processo de investigação, obtendo, assim, uma “imagem animada” da nossa<br />

própria evolução, que por sua vez nos permite consciencializar e analisar<br />

criticamente pressupostos, crenças e (des)conhecimentos em que baseámos as<br />

nossas acções, que de outro modo poderiam ser, actualmente, incompreensíveis<br />

ou aparentemente infundadas.<br />

As técnicas e instrumentos de recolha <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> teriam, então, que ser<br />

varia<strong>dos</strong>, mas faltava decidir de que tipo. Para tomar esta decisão, recorremos de<br />

novo à literatura sobre metodologias de investigação e procurámos ver, no seio<br />

daquelas que mais se identificavam (ainda que não completamente, como vimos)<br />

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