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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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s’appuyant simultanément sur tous les types d’informations disponibles:<br />

éléments lexicaux, indices syntaxiques, ou données contextuelles (1995: 501).<br />

Uma ligação que não invalida, porém, a necessidade de uma distinção entre os<br />

processos, que podemos perceber pelas palavras <strong>dos</strong> mesmos autores:<br />

La compréhension est l’acte primaire, en général «muet», de la reconstruction<br />

de la signification intentionnelle d’un texte ; […] l’intérpretation de surface est<br />

une explication de cette signification à l’aide d’une paraphrase.<br />

L’interprétation profonde est toujours une interprétation seconde qui fait fond<br />

sur l’identification de la signification intentionnelle reconstruite par l’activité<br />

de compréhension et explicitée par l’interprétation de surface (1995: 105).<br />

Para reflexão!<br />

Será útil o recurso a esta noção de “paráfrase”, no fundo o processo que sustenta<br />

uma tradução semântica, para combater uma eventual tendência <strong>dos</strong> alunos para a<br />

tradução literal como forma de evidenciar a compreensão de da<strong>dos</strong> verbais?<br />

Mais uma reflexão!<br />

Que implicações poderá ter o facto de o sujeito construir a interpretação com base<br />

em elementos lexicais e indícios sintácticos na necessidade de desenvolvimento de<br />

conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem verbal, como vimos no<br />

Capítulo 5.4?<br />

Constatar a emergência, ao nível das práticas (que aprofundaremos adiante)<br />

e do discurso das aprendentes, desta postura algo rígida e limitada face ao que<br />

poderá ser um processo positivo e aceitável de compreensão, que resulte num<br />

produto, do seu ponto de vista, também ele aceitável e rigoroso, faz-nos crer que<br />

será esta uma das causas das hesitações e evitamentos (que retomaremos também<br />

mais à frente) face à proposta de trabalho com da<strong>dos</strong> verbais em línguas que não a<br />

materna, tanto desconhecidas e/ou não estudadas, como em relação às próprias<br />

línguas objecto de <strong>aprendizagem</strong> escolar (recorde-se, por exemplo, a dificuldade<br />

em enunciarem as ideias-chave <strong>dos</strong> textos latinos, a pedido do professor, antes de<br />

procederem à tradução <strong>dos</strong> mesmos). A dificuldade em considerar como válido<br />

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