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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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-escolares e informais, ou pelo menos de não os considerarem váli<strong>dos</strong> para serem<br />

actualiza<strong>dos</strong> em situações de <strong>aprendizagem</strong> formal. É certo que, à falta de outros<br />

recursos – nomeadamente o conhecimento e <strong>aprendizagem</strong> efectivos da língua em<br />

causa – a maioria das aprendentes sente-se compelida a confiar nessa outra ordem<br />

de conhecimentos (cf. Souchon, 1991), e nas suas próprias capacidades de<br />

inferência, mas este facto gera insegurança, alguma discussão entre os elementos<br />

<strong>dos</strong> grupos e a necessidade, como no caso de N e CS, de explicitar o seu<br />

posicionamento face à situação e à resistência de Cr em ir mais longe nas respostas<br />

apresentadas:<br />

(73) CS (INT) não / quer dizer / por causa de... de certas coisas que tu vês / até naqueles<br />

champôs e isso... quando vêm as traduções<br />

(74) Cr (INT) champôs ?<br />

(75) CS ó pá quando vêm... várias línguas<br />

(…)<br />

(84) N mas a gente só / por exemplo / nós não temos alemão não é? / a I é a única que<br />

tem / por isso o único conhecimento que a gente tem de alemão ou é coisas da televisão que a<br />

gente ouve não é? / ou então... é escrito<br />

(…)<br />

(86) N em… instruções e…<br />

(87) CS tem de ser coisas assim<br />

(88) N porque de resto não conhecemos<br />

(89) CS por isso é que eu da... das palavras que estão aqui<br />

(90) N (INT) das outras línguas nem esse conhecimento temos / porque nós / o alemão<br />

ainda ouvimos mais ou menos na televisão<br />

(Apêndice III.1 – nº35).<br />

Esta constatação levou-nos a abordar a questão <strong>dos</strong> conhecimentos prévios<br />

nas entrevistas, procurando, em primeiro lugar, confirmação (ou não) das<br />

conclusões decorrentes da nossa observação e primeiras análises, e, em segundo<br />

lugar, contribuir para que as aprendentes se sentissem mais seguras neste<br />

domínio, validadas nas suas acções e, acreditávamos, mais capazes de recorrer a<br />

conhecimentos e estratégias de índole variada, sem preconceitos quanto à fonte e<br />

natureza desses elementos. Assim, na Entrevista I (Anexo II.2), quando abordámos<br />

esta questão, fizemo-lo referindo-nos sobretudo à tarefa de identificação das<br />

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