16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

sintáctica) das palavras (por exemplo, empregar “j’aime chanter” se se dirige a<br />

lusófonos e “ça me plaît de chanter” se conversar com hispanófonos). Proposta<br />

semelhante encontramos em Robert, embora referindo-se à interacção com línguas<br />

mais afastadas, razão pela qual, curiosamente, ele não associa este processo à<br />

<strong>Intercompreensão</strong> (!):<br />

518<br />

Alors que l’apprenant d’une langue cible proche bénéficie de transparence et<br />

intercompréhension, l’apprenant d’une langue cible éloignée doit utiliser une<br />

stratégie différente et avoir recours aux strates antérieures d’acquisition du<br />

langage (…) Le terme xénolecte fait ici référence à la simplification volontaire<br />

de son propre langage par un natif lorsqu’il s’adresse à un locuteur étranger<br />

(2004: 503).<br />

Igualmente Amoruso chama a atenção para o facto de que se è vero che la<br />

parte ricettive della comunicazione ha un’importanza fondamentale è anche vero que,<br />

perché la comunicazione vada a buon fine, è necessario che dall’altra parte ci sia qualcuno<br />

intenzionato a farsi capire (2005: 56), sendo, por isso, indispensável que chi parla<br />

metta in atto strategie produttive che tengano conto del feed-back che di volta in volta<br />

riceve dall’interlocutore e della specifica situazione comunicativa (op. cit.: 57).<br />

A questão que estas “soluções” nos sugerem é: recorrendo a estas<br />

estratégias (de simplificar, adaptar, substituir por formas que, embora correctas,<br />

provavelmente não seriam as que se usariam no discurso normal entre locutores<br />

da mesma língua), manter-se-á a “finesse dans l’expression” que é considerada<br />

vantagem deste modelo de <strong>Intercompreensão</strong>? Note-se que a autora supra-citada,<br />

Amoruso, também questiona o “foreigner talk” (o xenolecto a que se refere Robert),<br />

por considerar que, quando usado espontaneamente pelo locutor nativo, coincide<br />

con una semplificazione eccessiva che può anche sfociare in una lingua sgrammaticata<br />

(idem), facto que nem sempre conduz a bons resulta<strong>dos</strong> no plano comunicativo (a<br />

autora dá como exemplo situações em que a simplificação excessiva origina<br />

ambiguidades), para além de poder traduzir (ou ser interpretado como) um<br />

preconceito em relação ao Outro, ao “estrangeiro”.<br />

E se, para além das estratégias referidas, as paráfrases não resultarem, se os<br />

gestos não surtirem efeito, não acabará por ser mais eficaz a aproximação à língua

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!