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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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(271) P<br />

chegar lá?<br />

ahm... e se tu não soubesses alemão? / se não soubesses alemão nenhum era fácil<br />

(272) I não<br />

(273) N ó professor mas o “frei” tem a ver com o *free* inglês / *free* em inglês é livre<br />

(Apêndice I.3 – nº46).<br />

No que respeita à morfossintaxe, encontramos, ainda, ocorrências que,<br />

apesar de aparentemente remeterem para esta sub-categoria, não são<br />

suficientemente explícitas para que percebamos exactamente o tipo e origem do<br />

conhecimento que lhes subjaz – talvez por os próprios conhecimentos deti<strong>dos</strong> não<br />

serem explícitos, mas antes “intuitivos”, sendo, assim, impossível perceber em que<br />

são basea<strong>dos</strong>. Ilustrando estas situações destacam-se as ocorrências:<br />

(267) C como é que agora vamos dizer que nos pareceu uma língua germânica? // ahm...<br />

pelas terminações das palavras e pelos acentos?<br />

(Apêndice I.3 – nº19);<br />

(36) CS (…) alemão não é de certeza porque... por aquilo que nós vemos em outros textos<br />

não tem aqui... nada que nos leve / pronto não tem assim muitas parecenças com... tem<br />

parecenças não tem é certas palavras que nós encontramos em textos alemães<br />

(Apêndice I.3 – nº42);<br />

(76) N (…) não basco não que tem muitos i e aqui não tem muitos<br />

(Apêndice I.3 – nº55).<br />

A indefinição destas ocorrências não invalida porém, a nosso ver, que elas<br />

complementem a evidência de uma consciência linguística das aprendentes sobre<br />

o facto de as línguas serem dotadas de uma estrutura morfossintáctica<br />

determinada, mesmo que a competência para a identificação das implicações deste<br />

facto no reconhecimento ou compreensão de uma língua “desconhecida” seja<br />

reduzida e não conduza, por isso, a desempenhos com resulta<strong>dos</strong> positivos<br />

alarga<strong>dos</strong> e evidentes.<br />

Apesar disto, a emergência espontânea de conhecimentos de índole<br />

morfossintáctica acerca das várias línguas apresentadas não foi, como se percebe,<br />

259

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