16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

delas uma coisa é “compreender para compreender”, isto é, compreender sem que<br />

se ehija um produto concreto que dê conta dessa compreensão, e outra é<br />

“compreender para resumir”: para alcançarem o primeiro objectivo, lêem o texto<br />

na íntegra e, nalguns casos, relêem as passagens em que tiveram mais<br />

dificuldades; para realizarem o segundo, dificilmente recorrem a esta estratégia,<br />

preferindo a compreensão parágrafo a parágrafo (em consonância, aliás, com o<br />

que observámos na resolução de algumas das actividades do PP). Haverá razões<br />

para esta diferenciação?<br />

174<br />

Sobre o recurso aos conhecimentos prévios de índole referencial é<br />

perceptível a indecisão quanto ao seu papel/importância, como ilustrado pelo<br />

facto de quatro alunas classificarem da mesma forma ambas as afirmações. Note-<br />

-se em particular o caso de CS, em que aparentemente esta não é, de todo, uma<br />

estratégia adoptada, mas que, na Parte II deste questionário, afirmou ser<br />

fundamental para a compreensão de um texto possuir alguns conhecimentos sobre<br />

o assunto tratado. A contradição no cruzamento das respostas dadas nas Partes II<br />

e III fica também patente nos casos das alunas C e Cr, as únicas que afirmaram não<br />

ser fundamental o conhecimento prévio do assunto do texto, mas que agora<br />

declaram que, no processo de compreensão, começam por recordar tudo o que<br />

possam saber sobre o assunto versado. Mera distracção na resposta ao<br />

questionário? Tentativa de corresponder ao esperado, nesta terceira parte?<br />

Aprofundamento, entretanto, de reflexão sobre a temática (recorde-se que lhes era<br />

impossível voltar atrás)?<br />

No que respeita ao recurso à análise morfossintáctica verificamos que,<br />

surpreendentemente (ou talvez não), esta não é uma estratégia privilegiada por<br />

cinco das oito alunas. Dizemos “surpreendentemente” porque estamos a lidar com<br />

aprendentes de Latim, uma disciplina em que, como já referimos, este tipo de<br />

análise é realizado em quase todas as aulas. Pomos a hipótese de “talvez não”,<br />

porque a observação do desenrolar das várias actividades propostas nos levou a<br />

constatar que, ao lidar com línguas vivas ou modernas, as alunas não procuraram, de<br />

facto, utilizar esta estratégia como auxiliar da compreensão.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!