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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Assumimos, com Coste (1998), que o papel da escola deve ser o de fornecer<br />

aos jovens meios de tirar o melhor partido das fontes de <strong>aprendizagem</strong> que, fora<br />

dela, se multiplicam, e de desenvolver neles a capacidade de gerar essas fontes, de<br />

se adaptar a outros ambientes, de aprender a aprender.<br />

Concordamos, por isso, com Chardenet (s.d.: 4) quando afirma que: i) a<br />

organização da classe numa perspectiva interlinguística impõe a multiplicação de<br />

actividades que valorizem a expressão, pelos aprendentes, das capacidades<br />

construídas na sua biografia linguística; e que ii) as escolhas didácticas imporão<br />

igualmente actividades de estimulação de situações plurilingues. Procura-se, deste<br />

modo, dar resposta à preocupação da Didáctica de Línguas em relação à<br />

forma como a escola, assumindo uma função catalizadora, pode participar no<br />

enriquecimento das trajectórias <strong>dos</strong> sujeitos-aprendentes, quebrando fronteiras<br />

internas, entre disciplinas e saberes, e externas, entre a escola e outros locais e<br />

instrumentos de <strong>aprendizagem</strong>. Por outras palavras, importa questionar como<br />

a aula de línguas se pode relacionar com os recursos de <strong>aprendizagem</strong> <strong>dos</strong><br />

alunos e com os novos ambientes que os rodeiam (Andrade & Araújo e Sá,<br />

2001: 155)<br />

Ao apresentarmos uma proposta de trabalho intra-disciplinar, em que o<br />

Plurilinguismo, ainda que, de forma relativamente pontual, está presente e é<br />

objecto de reflexão, procuramos demonstrar que é possível ultrapassar estas<br />

“fronteiras”, se não curriculares, pelo menos de prática profissional, de modo a<br />

que um docente, no seio da sua própria disciplina, possa ter o Plurilinguismo e a<br />

<strong>Intercompreensão</strong> como valores e objectivos educativos (Beacco, 2004: 47), sem ter<br />

que depender de uma articulação, desejável (Rodrigo, 1997; Leclercq, 1999) mas<br />

nem sempre possível de conseguir, com os docentes das restantes disciplinas de<br />

língua frequentadas pelos seus alunos.<br />

Além disso, se concordarmos com Odete <strong>Santos</strong> (1998) e considerarmos que<br />

há dois tipos de conteúdo a ter em conta no contexto escolar – os conteú<strong>dos</strong> em<br />

termos de conceitos, lei, normas, factos, etc e os conteú<strong>dos</strong> de carácter<br />

procedimental, enquanto capacidade que permitem compreender o modo como se<br />

constrói o novo saber, a fim de se adquirir autonomia na realização <strong>dos</strong> processos<br />

cognitivos e <strong>dos</strong> investimentos afectivos –, então esta abordagem poderá constituir<br />

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