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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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(661) C césar em roma / reticências / e / reticências {rindo} é uma frase que faz todo o<br />

sentido //<br />

(Apêndice II.2 – nº116).<br />

O modelo de compreensão em leitura predominantemente usado pelas<br />

alunas parece ser, então, o ascendente (bottom-up), ou seja, procuram reconstruir o<br />

significado a partir do reconhecimento das unidades inferiores, neste caso<br />

palavras, até chegar a unidades superiores, que poderão ser constituídas por frases<br />

ou parágrafos (Borges, 1998; Hudson, 1998). Apesar desta tendência, a consciência<br />

da necessidade de contextualização dessas unidades inferiores (cf. Capítulo 6.2.6),<br />

que faz com que a estrutura “palavra-reticência-palavra” seja reconhecida como<br />

inadequada face aos objectivos da tarefa, indicia a tentativa de actualização de um<br />

modelo interactivo que nem sempre é, contudo, conseguido. Assim, e apesar de<br />

reconhecermos que la persona que empieza a leer un texto, no se acerca a él desprovista<br />

de experiencias, afectos, opiniones y conocimientos relaciona<strong>dos</strong> directa o indirectamente<br />

con el tema del texto o con el tipo de discurso que es (Jouini, 2005: 97), a verdade é que,<br />

aparentemente, as aprendentes em causa abordaram os textos como se estivessem<br />

“a zero” em relação a tudo o que lhes dizia respeito, não tendo nós encontrado<br />

nenhuma ocorrência de início de trabalho que, por exemplo, relacionasse a<br />

temática <strong>dos</strong> textos com a temática civilizacional em estudo no âmbito da<br />

disciplina de Latim. Os nossos resulta<strong>dos</strong> diferem, assim, <strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> por<br />

Souchon (1991), na medida em que as nossas alunas balançam, consoante a língua<br />

em causa, entre o tratamento <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> verbais ao nível intermédio da unidade-<br />

frase/parágrafo (no que respeita ao Italiano; cf. Apêndice II.2 – nº 32) e o<br />

tratamento ao nível, sobretudo, da unidade-palavra (em relação ao Alemão; cf.<br />

Apêndice II.2 – nº 116), sendo quase imperceptível (ou imprecisa, por não ter<br />

correspondido ao procedimento efectivamente adoptado) a referência à unidade-<br />

texto.<br />

Estas nossas observações parecem, ainda, contradizer a observação de que<br />

Meissner et al. nos dão conta a propósito do projecto EuroCom:<br />

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