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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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ainda menor, através de uma concentração na construção de processos de<br />

compreensão solitários:<br />

Les compétences de compréhension sont extrêmement utiles pour des gens qui<br />

ne vont pas devoir être en contact direct avec des natifs et pratiquer leur<br />

langue. Tous ceux qui veulent lire des livres, lire des journaux, voir des films<br />

et les comprendre, écouter des chansons, écouter la radio, ont finalement besoin<br />

de pratiquer seulement la compréhension de l’écrit ou de l’oral (2006: 17).<br />

Um último comentário, à última vantagem apontada – a valorização <strong>dos</strong><br />

conhecimento prévios em determinada língua como ponto de apoio para o acesso<br />

às línguas que lhe são próximas. Não negando o valor desta afirmação, com que<br />

também concordamos, a sua formulação, porém, também nos sugere uma questão,<br />

decorrente, neste caso em particular, da nossa própria experiência investigativa,<br />

da análise <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> que recolhemos no terreno educativo: afirma-se, como<br />

vimos, que a <strong>aprendizagem</strong> aprofundada de uma língua permite a abordagem, do<br />

ponto de vista da compreensão escrita e oral, das línguas que lhe são próximas.<br />

Mas isto ocorrerá somente quando temos um conhecimento profundo de uma<br />

língua? Não corremos o risco de limitar, na percepção do sujeito, as bases a que<br />

pode recorrer para compreender o dado verbal em presença, sobretudo se ele<br />

considerar que só “domina” efectivamente a sua LM, pois é pouco competente nas<br />

LEs que estudou 11 ? E será que mesmo que as competências nestas línguas sejam<br />

poucas, não poderá ocorrer que sejam o suficiente para, num dado momento,<br />

compreender essa língua aparentada, em particular porque há outra ordem de<br />

conhecimentos e competências que pode activar para compensar a falta de<br />

recursos linguísticos (por exemplo, a competência referencial, consubstanciada no<br />

(re)conhecimento da temática do texto) 12 ?<br />

Ainda em relação a esta vantagem, mesmo assumindo a hipótese de o<br />

ponto de apoio para a abordagem da LE ser apenas uma língua da qual o sujeito<br />

tenha feito uma <strong>aprendizagem</strong> aprofundada, esta língua só lhe permitirá o acesso<br />

11 Cf. extracto de UPX (2006) citado em complemento da afirmação da DGLF.<br />

12 Cf. citações de Doyé (2005) apresentadas em complemento da afirmação da DGLF.<br />

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