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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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(15) E o que é que consideraste mais interessante... no trabalho que foi feito?<br />

(16) C tentar perceber o que é que ali estava escrito / porque... eu olhava e à primeira<br />

vista julgava... não vou conseguir entender nada / depois até... acabávamos por perceber<br />

alguma coisita / mesmo que pouco... por vezes<br />

(Apêndice II.1 – nº42);<br />

(68) I (…) sei que não é preciso estudarmos a gramática mesmo para compreendermos a<br />

língua / porque… sei lá… associa-se uma palavra ou… associa-se<br />

(Apêndice II.1 – nº52);<br />

(54) N (INT) ah / se calhar aí quando referi a gramática exprimi-me mal / porque... a<br />

gramática não era na parte de querer dizer... conhecer os verbos... conhecer como é que se<br />

conjuga determinado verbo e ligar o sujeito com o predicado / não é dessa parte / é conhecer... /<br />

pronto... a integr-... / não é bem a gramática / no fundo é conhecer... a forma como se coordenam<br />

as palavras mas não é... não é propriamente a gramática / por exemplo quando estou a falar<br />

espanhol eu... eu dou imensos erros / mais propriamente na forma <strong>dos</strong> verbos porque... no<br />

espanhol é difícil a sua conjugação / mas... mas digo que entendo a língua embora não<br />

conhecendo bem a gramática / por isso exprimi-me acho que... não muito bem<br />

(Apêndice II.1 – nº63).<br />

Para reflexão!<br />

Qual o papel da escola na construção desta ideia de que o conhecimento só se<br />

adquire (ou é validado) nos contextos formais de <strong>aprendizagem</strong>? Que práticas,<br />

nomeadamente avaliativas, suscitam nos alunos a concepção de que há um<br />

“padrão” de conhecimentos, a adquirir de determinada forma, antes de se poder<br />

dizer que se conhece, ou se sabe, uma língua?<br />

Ligada a esta temática encontramos a questão que foi colocada às alunas<br />

sobre se o contacto oral ou escrito com determinada língua seria suficiente para se<br />

adquirir conhecimento sobre ela. Ao conceber esta questão estávamos a pensar nas<br />

palavras de Porquier, que afirma que on peut considérer que toute interaction est<br />

potentiellement acquisitionelle en tant qu’elle s’inscrit dans un parcours d’acquisition et<br />

fournit une exposition active à la langue cible (1992: 165).<br />

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