16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

muitas semelhanças morfológicas; o Basco, dada a sua natureza particular no<br />

contexto das restantes línguas da Europa e o facto de ser tipologicamente bastante<br />

afastado das restantes línguas da Península Ibérica, é identificado como Russo e<br />

Romeno 10 , eventualmente por estas serem, do leque de línguas conhecidas das<br />

alunas, as que consideram mais afastadas das restantes que conhecem e, por isso,<br />

mais estranhas e de maior dificuldade de compreensão (cf. Katzner, 1995; Walter,<br />

1996).<br />

234<br />

Esta lógica de raciocínio remete-nos, por sua vez, para a constatação de<br />

alguns equívocos no que se refere às designações das línguas, que muitas vezes<br />

são confundidas com as <strong>dos</strong> povos que as falam (por exemplo, identificação da<br />

língua do Texto 4 - Ficha B da Actividade Introdutória do 1º Módulo - como<br />

austríaco 11 , quando na realidade era Reto-romano), ou com o local onde são faladas<br />

(o caso mais extremo é o de nomeação das línguas <strong>dos</strong> textos 2 e 3 da Ficha B como<br />

“Rússia” e “Holanda” 12 ; cf. também Apêndice I.2 – nº7). Estes equívocos não são uma<br />

originalidade das nossas aprendentes, nem <strong>dos</strong> aprendentes escolares portugueses<br />

(cf. constatações semelhantes em <strong>Simões</strong>, 2006); de facto, Yaguello dá-nos conta da<br />

observação de uma situação semelhante em relação aos franceses:<br />

Tout en sachant que le français est parlé hors de France et que de certains de<br />

nos voisins sont des États multilingues, la plupart des gens considèrent comme<br />

allant de soi qu’une langue coïncide avec une identité nationale et s’imaginent<br />

que tous les Chinois parlent le chinois. Certains vont jusqu’à parler d’une<br />

langue yougoslave ou hollandaise, pour ne citer que des exemples européens<br />

(1988: 47).<br />

Ilustrando esta situação em relação à turma com que trabalhámos<br />

destacamos, particularmente, a discussão gerada, aquando da mesma Actividade<br />

Introdutória, a propósito das várias línguas faladas em Espanha e a designação<br />

10 Cf. resulta<strong>dos</strong> de inquéritos apresenta<strong>dos</strong> por Billiez, no que respeita ao conhecimento do Romeno por<br />

franceses e portugueses: La majorité des enquêtés avoue son ignorance totale, ou bien la rattache plutôt à la famille des<br />

langues slaves, «proche du russe» (1996: 406).<br />

11 Anexo II.1.1 – 77 e 78<br />

12 Anexo II.1.1 – 77 (Ficha de CS)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!