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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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com o trabalho que pretendíamos desenvolver, as técnicas de que nos poderíamos<br />

socorrer.<br />

110<br />

2.5.1 Postura observante da investigadora<br />

Descrever para desocultar e para isso observar. […] Qualquer que seja o<br />

caminho seleccionado pelo investigador, [nos paradigmas<br />

interpretativos] a observação é o procedimento de base.<br />

(Rodrigues, 2001: 66)<br />

Situando-nos nós, claramente, numa abordagem de tipo qualitativo e<br />

interpretativo, e uma vez que não há ciência sem observação, nem estudo científico sem<br />

um observador (Pardal & Correia, 1995: 49), um primeiro passo seria considerar<br />

qual a postura que assumiríamos, enquanto investigadoras, no que concerne à<br />

observação do contexto que nos forneceria os da<strong>dos</strong> para análise: o conjunto de<br />

aulas de Latim, de uma turma real, onde se desenvolveria o PP concebido.<br />

As descrições metodológicas respeitantes a este assunto referem,<br />

habitualmente, uma dualidade de opção/postura, em função do critério<br />

“participação”: observador participante vs observador não-participante (Lessard-<br />

Hébert, 1994; Pardal e Correia, 1995; entre outros), sendo o papel do observador<br />

determinado pelo método adoptado. No caso das investigações qualitativas,<br />

considerando-se que the researcher is the principal data collection instrument<br />

(Anderson, 2002: 123; cf. Rodrigues, 2001), a postura habitualmente por ele<br />

assumida é a de participante, podendo esta revestir-se de uma forma mais activa<br />

ou mais passiva, dependendo do envolvimento do observador com os<br />

acontecimentos ou indivíduos observa<strong>dos</strong> (Lessard-Hébert, 1994: 156). Neste<br />

sentido, ele poderá integrar-se no contexto, mas procurando não interferir nas<br />

ocorrências e, deste modo, limitar-se a “observar por dentro”, numa perspectiva<br />

de compreensão de um meio social que, à partida, lhe é estranho ou exterior (op. cit.:<br />

155), ou poderá, por outro lado, tomar parte nas próprias actividades que se<br />

propõe observar (Cohen et al., 2003: 186).

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