Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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ao mesmo tempo, pode constituir-se como uma inesperada oportunidade de auto- -reflexão e consciencialização do próprio processo de construção de conhecimento, enquadramento em que presentemente nos encontramos. Com efeito, superada uma fase de insegurança face ao trabalho realizado, de alguma decepção quanto aos resultados obtidos e à nossa capacidade para os analisar, descobrimos que, em todo o processo de investigação desenvolvido, estava em causa não só a construção de conhecimento sobre a Intercompreensão e o seu papel no contexto escolar, mas também, sem poder ser ignorada, a construção do nosso próprio perfil de investigadora, o caminho que tínhamos percorrido desde o completo amadorismo e ingenuidade dos grandes objectivos a alcançar, das opções metodológicas quase inconscientemente tomadas, ao posterior distanciamento e olhar crítico deitado ao trabalho em progresso, que conduziu ao reconhecimento não só de defeitos mas também de potencialidades, à consciencialização de que as fragilidades podiam ser elas próprias fonte de conhecimento e, enfim, à revelação de que parte de alguma potencial virtualidade e originalidade do nosso trabalho poderia residir precisamente neste entretecer dos processos de desenvolvimento do conhecimento sobre a temática em análise e do auto-conhecimento da investigadora enquanto tal. Esta aprendizagem que fomos fazendo acabaria por encontrar eco nas palavras de Anderson, quando afirma: The novice is particularly advantaged as he or she is usually keen on learning and committed to success. […] new researchers bring a fresh set of eyes, new perspectives on old problems […[. The lack of research experience may require that novices take longer to complete a research project, but their research, guided by an effective supervisor, can contribute to the most fundamental reason to do research, building knowledge (2002: 31). É precisamente neste momento de renascimento da crença no projecto desenvolvido que se assume a redacção da dissertação nestes moldes, em tom narrativo, confessional, auto-reflexivo e crítico (em aproximação ao modelo de reflective reports mencionado por Anderson, 2002), ilustrador da estreita ligação entre a construção do investigador e a construção do objecto da investigação. 49
50 É também neste momento que se torna claro para nós que, em termos investigativos, nos situamos num paradigma de índole construtivista.
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Maria Leonor Simões dos Santos Uni
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À minha família… por ser quem s
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agradecimentos A toda a equipa do L
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nos outros dois casos), criaria, a
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Capítulo 7.3). Sentíamos, por iss
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experiência, um diário pessoal de
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118 A vídeogravação era ainda ac
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construir, seria complementado e co
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122 Resolução das Fichas de Traba
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124 Exercício de Compreensão 371
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126 Não se conseguirá, porém, um
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mas noutras localidades, existem ma
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132 No Quadro 2 podemos ver sistema
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turma com a investigadora e com o p
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oportunidades para que estas alunas
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Identificação da Aluna 138 AP C C
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140 Estas preocupações eram, de c
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diferente daquele que habitualmente
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consequentemente, uma preparação
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professor ou da investigadora, send
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estava já previsto que esta se rea
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sucedido em desligar-se de uma aná
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158 A intervenção no âmbito do P
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carácter de excepcionalidade que s
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166 Dificuldades, nesta segunda que
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delas uma coisa é “compreender p
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- há bastantes referências à bus
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investigação que se focalizou num
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com vista à sua discussão com out
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modo na dimensão de gestão do rep
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198 Olhando novamente para as estra
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prática da Didáctica de Línguas,
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208 A resposta parece-nos dupla. Po
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ao conteúdo dos textos apresentado
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componente declarativa, ou seja, um
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214 A análise que agora se inicia
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evidenciarmos uma série de realiza
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226 (24) N bem a ideia do projecto
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228 5.2 Conhecimentos sobre o Mundo
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numa perspectiva essencialmente uti
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consequência, do prestígio, impor
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muitas semelhanças morfológicas;
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muitas vezes necessidade de disting
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244 (57) CS (INT) mas é muito pouc
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-se com o facto de o nosso objectiv
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610 Anexo III.1 forma *patricida* /
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612 (148) M ahm... não (149) E nã
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614 (170) M olha / [’péro] // el
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Cont. tema Anexo II.1.3 Entrevista
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Actividd Introd (2ª fase) Anexo II
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620 I.4 Conhecimentos sobre o funci
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Entrevista I Anexo II.2 622 2º Mó
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Entrevista final Anexo V 624 (30) P
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626 não sabes se a coisa com que e
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Cont. tema Anexo II.1.3 Entrevista
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Actividd Introd. (2ª fase) Anexo I
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632 (236) CI p’ra traduzir tinha
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634 menos / é menos porque num res
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636 isto... sabendo que se tenho um
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638 (59) P (…) vocês não tentar
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640 ( 247) P ah / "bezet" // então
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642 CI & M - Porque para compreende
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644 Cr, CS & N - A sua semelhança
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646 (166) M (SIM) “confine tra it
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648 (108) M diz // “il dado é tr
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650 (264) CI ó pá... o que é que
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652 (414) AP podemos perguntar ao p
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654 (179) C (…) (SIL) ou seja qua
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656 (372) C sim é capaz // então
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658 (522) I (IND) o senhor que foi
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660 (406) Cr estás-te sempre a que
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662 (93) CS (SIM) organizou / uma c
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664 (256) N (…) “saggiamente”
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Diário II Anexo II.1.1b) 666 (369)
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Entrevista I Anexo II.2 668 (42) P
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670 pormenor não é? (55) E quando
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672 (…) (171) E vamos voltar ao i
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674 tenho de... outras coisas que j
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676 (59) E quando abordas uma líng
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678 um verde campo de golfe, campo
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680 (20) N [‘kirka] que deve ser.
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682 (142) P (...) eu gostava de per
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Actividd Introd. (2ª fase) Anexo I
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686 importante na denúncia... e de
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688 (54) C {questiona em voz alta}
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690 Há a morte de um general (mas
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692 (…) (116) AP uma tradução?
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694 (7) E era-vos pedido que traduz
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696 (121) E se te pedissem um resum
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Diário I Anexo II.1.1a) Actividd i
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702 (56) C o que é que está aqui.
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704 (418) C foi? (419) I acho que
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706 (…) (84) N mas a gente só /
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Cont. estudo tema Anexo II.1.3 Entr
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710 (47) E logo... achas que a afir
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712 (15) E e os professores de outr
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714 2º Módulo Anexo II.3 Actividd
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716 (54) AP acho que sim // eu acho
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720 conclusões (55) E então... co
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724 tanto contacto com elas (3) E e
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726 (12) AP hm hm (13) E perguntava
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728 (31) E mas isto não foi feito
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732 (5) E algumas palavras / e... s
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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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