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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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solucionado alguns problemas de compreensão <strong>dos</strong> textos em causa. Um exemplo<br />

desta situação verifica-se no episódio em que uma aluna sugere uma solução de<br />

compreensão baseada num filme a que assistiu, facto que não é valorizado pelas<br />

colegas, acaba por ser rapidamente descartado pela própria aluna e, por isso, nem<br />

sequer é incluído, por escrito, na Ficha de Trabalho, na questão acerca das<br />

estratégias que utilizaram para compreender:<br />

192<br />

(195) N então até que alguns / pois é senadores nós não sabemos quem é que o matou<br />

(196) CS {em voz baixa} a gente sabe // que deu na... na televisão um filme sobre césar<br />

{risos} (...) “uccidere” não é + //<br />

(197) N hum?<br />

(198) CS o que é que significa “uccidere”? / como é que se diz matar em latim?<br />

(199) Cr depende / *necauere* / ahm... e há outros / abre o livro e vai lá ver / eu só me<br />

lembro de *necauere*<br />

(200) N onde é que isso está?<br />

(201) CS aqui (IND)<br />

(202) N é que esta frase a gente não está a perceber muito bem<br />

(203) CS pois não // ó pá eu sei que é assim / ele foi morto / e o povo revoltou-se // até que<br />

ele foi morto pelos senadores e originou-se uma revolta do povo / indigna<strong>dos</strong> com a sua perda<br />

(Anexo II.1.2 – 198).<br />

Ao nível concreto da compreensão <strong>dos</strong> textos e das estratégias utilizadas na<br />

resolução das tarefas, chamou-nos a atenção o facto de que:<br />

o procedimento mais comummente adoptado foi o de começar a ler o texto e<br />

imediatamente começar a tentar traduzir, palavra a palavra, frase a frase, sem<br />

qualquer noção da globalidade do contexto, o que, além de ter por vezes gerado<br />

contradições entre as várias ideias recolhidas, tornou o trabalho mais moroso e<br />

substancialmente mais difícil. Quantas vezes os alunos pararam numa palavra<br />

que não conseguiam traduzir, sentindo-se como num beco sem saída, sem<br />

conseguir avançar e, ao mesmo tempo, sem conseguir descobrir o seu<br />

significado (idem).<br />

Por fim, nesta primeira leitura <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> realçámos o facto de a maioria das<br />

aprendentes ter revelado bastante perspicácia em relação ao que se pretendia com<br />

as tarefas propostas, ainda que nem sempre possuíssem os recursos necessários<br />

para as solucionar ou, possuindo-os, os conseguissem rentabilizar. Porém,

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