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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Embora aparentemente simples, mesmo sobre esta questão da participação<br />

podemos encontrar algumas diferenças de autor para autor, sendo uma das<br />

principais o facto de a primeira modalidade participante apontada, isto é, a<br />

observação participante passiva (segundo designação de Evertson e Green, 1986,<br />

apresentada em Lessard-Hébert, 1994: 156), ser por alguns considerada como, na<br />

realidade, não participante:<br />

The best illustration of the non-participant observer role is perhaps the case of<br />

the researcher at the back of the classroom coding up every three seconds the<br />

verbal exchanges between teacher and pupils (Cohen et al., 2003: 187).<br />

Transpondo estas informações para a forma como pretendíamos<br />

desenvolver o nosso trabalho, um dilema nos surgiu. Por um lado, nós<br />

pensávamos estar presentes nas aulas de Latim, observando o seu desenrolar mas<br />

sem intervir directamente, o que configuraria, segundo a afirmação de Cohen, um<br />

modelo de observação não-participante (ainda que não nos propuséssemos<br />

codificar as ocorrências, mas tão somente observar e registar eventuais notas que<br />

fossem pertinentes para as fases seguintes – assunto que retomaremos mais<br />

adiante). Contudo, por outro lado, nós iríamos assumir um papel interventivo<br />

prévio, nos bastidores, na concepção das próprias actividades cujo desenrolar<br />

pretendíamos posteriormente observar. Qual seria então, verdadeiramente, a<br />

nossa postura do ponto de vista da observação?<br />

Do ponto de vista da prática, o que sucederia seria que a investigadora<br />

estaria presente nas aulas ligadas ao projecto, a fim de poder acompanhar in loco a<br />

progressão do trabalho e proceder a eventuais ajustes em propostas futuras,<br />

interagindo, de certa forma, com a turma (alunos e professor) – ainda que sem<br />

intenção de intervenção directa no curso da aula – de forma a conhecê-la com<br />

alguma profundidade.<br />

De facto, como afirmam Pourtois e Desmet 20 (1988), esta observação, que<br />

consideram participante,<br />

20 Cita<strong>dos</strong> em Lessard-Hébert et al.,1994: 156.<br />

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