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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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8.2 O desafio educativo-formativo:<br />

promover a Competência Plurilingue<br />

Une pratique pédagogique résolument conçue à partir de cette notion<br />

de plurilinguisme (…) construirait la démarche d’enseignement des<br />

langues sur le double objectif explicite de formation linguistique et<br />

d’éducation aux valeurs de la diversité linguistique et culturelle.<br />

(Goullier, 2006: 88/89)<br />

[…] a Didáctica prepara-se para uma nova fase que, na área das línguas, se<br />

assume como Didáctica de Línguas ou do plurilinguismo, na qual deixa de<br />

se entender apenas como uma didáctica de sala de aula, para passar a<br />

conceptualizar-se como uma didáctica da gestão de recursos, preocupando-se<br />

em fazer do sujeito não um bilingue perfeito, mas alguém dotado de uma<br />

competência que evolua no sentido de uma competência plurilingue (Andrade<br />

& Araújo e Sá, 2001: 155).<br />

A apropriação, pela Didáctica, da noção de Plurilinguismo (essencial face<br />

ao desafio de se repensar a finalidade do estudo das línguas, que deixa de ser o de<br />

levar os aprendentes a alcançar “mestria” em uma, duas ou mesmo três línguas para<br />

passar a concentrar-se no desenvolvimento de um repertório linguístico no qual têm<br />

lugar todas as capacidades linguísticas; Alves, 2001: 24), por um lado, e o<br />

reconhecimento da dimensão de interacção – com a consequente adopção do<br />

Plurilinguismo como valor (Kervran, 2005; Semal-Lebleu, 2006), nomeadamente<br />

de formação – por outro, motivam a sua distinção em relação a Poliglotismo: être<br />

plurilingue ne signifie donc pas maîtriser à un haut degré un nombre impressionnant de<br />

langues, comme les polyglottes (Beacco, 2004: 46), un polyglotte étant un locuteur<br />

plurilingue particulièrement expert (Beacco, 2005: 19), uma distinção que, por sua<br />

vez, serve de mote à emergência da noção de Competência Plurilingue (CP) (cf.<br />

Coste, Moore & Zarate: 1997).<br />

De facto, apesar de se reconhecer que todas as pessoas têm direito ao<br />

poliglotismo e a conhecer e usar a língua mais adequada para o seu<br />

desenvolvimento pessoal ou para a sua mobilidade social (cf. Artº 13, Ptº 2, da<br />

Declaração Universal <strong>dos</strong> Direitos Linguísticos), reconhece-se também, sobretudo<br />

do ponto de vista psico-linguistico-cognitivo, que este, enquanto objectivo de<br />

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