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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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atitude que contribui fortemente para a visão, em geral compartimentada e<br />

estanque, que os nossos alunos têm das línguas;<br />

66<br />

- por isso, as actividades a propor em sala de aula deveriam incluir várias<br />

línguas (mesmo que não estudadas formalmente pelos alunos ou não incluídas no<br />

currículo escolar português) e ser de diferentes tipos, incentivando deste modo os<br />

aprendentes a “fazer associações e estabelecer pontes entre línguas” e assim “dar<br />

significado a formas linguísticas desconhecidas” (Andrade, 1999: 61), pelo recurso<br />

à comparação, à transferência, à tradução, à inferência, eventualmente à<br />

etimologia;<br />

- a reflexão (individual e conjunta) sobre as línguas e sobre as estratégias<br />

utilizadas nos processos de interacção e de compreensão verbais seria essencial no<br />

já referido processo de sistematização mas também, e sobretudo, num desejável<br />

processo de consciencialização, que vislumbrávamos como fundamental para que<br />

a CP e os repertórios disponíveis <strong>dos</strong> alunos fossem efectivamente desenvolvi<strong>dos</strong><br />

e alarga<strong>dos</strong>:<br />

a abstracção reflexiva é a força motriz da <strong>aprendizagem</strong>. Enquanto construtores<br />

de significado, os humanos procuram organizar e generalizar experiências de<br />

uma forma representacional. Dar oportunidade a um período de reflexão<br />

através da escrita de um diário, da representação de forma multissimbólica e/ou<br />

da discussão das conexões entre as experiências ou estratégias pode favorecer a<br />

abstracção reflexiva (Fosnot, 1999: 52);<br />

- as actividades deveriam ser dinamizadas pelo professor da disciplina, a<br />

fim de que tivéssemos uma visão mais realista da forma como o conhecimento<br />

destas matérias pode ser co-construído naquela que é a relação característica do<br />

processo de ensino-<strong>aprendizagem</strong> formal (professor-alunos);<br />

- as actividades deveriam surgir integradas no Programa da Disciplina,<br />

para que pudéssemos perceber se é ou não possível a integração de uma dimensão<br />

plurilingue em aulas que se assumem geralmente como bilingues, sem que tal<br />

tenha que acontecer como um fenómeno inteiramente deslocado e excepcional,<br />

introduzido de forma forçada no trabalho usual da disciplina. De notar que, por<br />

isso, as actividades se revestiram de um carácter pontual, isto é, não foi a

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