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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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também uma hipótese de trabalho interessante neste segundo domínio, uma vez<br />

que se concentrará sobretudo no desenvolvimento de competências transversais,<br />

tanto de índole linguístico-comunicativa e estratégica, como de <strong>aprendizagem</strong>.<br />

556<br />

As principais funções <strong>dos</strong> professores, neste enquadramento, serão,<br />

segundo Doyé (2005a): levar os aprendentes a tomar consciência <strong>dos</strong> seus recursos<br />

e promover neles a capacidade de utilizar estes recursos por meio de estratégias<br />

apropriadas.<br />

Cremos que uma dessas estratégias, tal como é igualmente defendido pelos<br />

criadores de diversos méto<strong>dos</strong> intercompreensivos, será o da promoção de um<br />

estudo comparativo entre línguas, na medida em que esperávamos que as<br />

aprendentes, face às tarefas propostas, fizessem interagir as várias línguas que<br />

conheciam, formalmente estudadas ou não, activassem as competências que<br />

detinham e, assim, conseguissem, pela actualização <strong>dos</strong> seus próprios recursos<br />

estratégicos, compreender os da<strong>dos</strong> verbais em presença. Trata-se, por isso, de<br />

uma abordagem que, pelo carácter inter e translinguístico que a caracteriza, pode<br />

favorecer o desenvolvimento de uma “competência metalinguística plurilingue” (a<br />

designação é nossa; a inspiração vem de Degache, 1996), a qual, por sua vez,<br />

pressupõe o despertar de um pensamento analítico, o que, segundo Luís, é uma<br />

das mais importantes funções da escola:<br />

ensinar o aluno a reflectir e a analisar as consequências e as possibilidades de<br />

aplicação daquilo que foi aprendido. Ao contrário do comportamento<br />

espontâneo do dia-a-dia, trata-se aqui de promover a disciplina mental,<br />

indispensável ao desenvolvimento de qualquer capacidade reflexiva (1999:<br />

265/6).<br />

É neste contexto que a mesma autora propõe<br />

uma prática reflexiva da gramática através da planificação de actividade de<br />

análise e de observação que permitam levar o aluno a testar hipóteses e a<br />

formular generalizações. Para isso devemos ter em conta que é indispensável<br />

fornecer aos alunos uma quantidade suficiente de da<strong>dos</strong> linguísticos sobre a<br />

língua que estuda (idem: 269),<br />

ou, o que pensamos ser mais pofícuo nesta abordagem, situações de contacto com<br />

língua diferentes, de modo a que os alunos tenham oportunidades diversas de

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