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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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persuader les apprenants que la méconnaissance linguistique des langues à<br />

apprendre n’est pas un obstacle en soi. Il doit leur montrer comment<br />

développer des pratiques de «bon» lecteur, que certains possèdent déjà dans<br />

leur langue maternelle, mais qu’ils semblent oublier en statut de lecteur<br />

«débutant» dans une autre langue (2004).<br />

Igualmente em Meissner et al., a propósito do projecto EuroCom,<br />

encontramos a afirmação de que: les activités essentielles et indispensables pour toute<br />

intercompréhension sont l’identification de forme [lecture] et la re-construction de sens et<br />

de fonction [compréhension] (2004: 43). Destaque-se, ainda, que os autores referem, a<br />

este propósito, a necessidade de se realizarem estu<strong>dos</strong> empíricos sobre o que<br />

designam de “bons leitores intercompreensivos”, tal como já existem sobre os<br />

“bons leitores” em LM ou L2.<br />

Uma espécie de curiosidade ainda a propósito da leitura: aparentemente<br />

confirma-se a afirmação de Alderson (1984), apresentada por Souchon (1991: 120)<br />

de que the skilled L1 reader will, except in exceptionnal circunstances, require some<br />

knowledge of the FL [foreign language] before he can read in it with any facility, uma vez<br />

que são algumas das nossas alunas que melhores resulta<strong>dos</strong> apresentaram, quer<br />

no percurso escolar de estudo de línguas, quer nos instrumentos de caracterização<br />

linguístico-cognitiva, que por vezes parecem mais renitentes em aceitar as<br />

potencialidades de se compreender uma língua que não se estudou.<br />

⇒ Evidencia-se, assim, a nosso ver, a necessidade de se clarificar o conceito<br />

de tradução e o seu objectivo nas aulas de língua. Conscientes de que a tradução,<br />

como qualquer outra prática comunicatica, envolve uma dupla dimensão: a actividade de<br />

recepção – leitura, compreensão, análise de texto – e a actividade de produção – escrita,<br />

expressão, produção de texto (Raposo, 1994: 62), é fundamental esclarecer-se,<br />

nomeadamente quando aos aprendentes é solicitada esta tarefa, que tipo de<br />

produção se espera que eles produzam: se uma tradução que substitua o texto-fonte<br />

pelo “mesmo” texto em língua-alvo (idem), ou se um outro tipo de produto cuja<br />

finalidade seja “apenas” a manifestação da compreensão do texto-fonte.

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