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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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planificação da disciplina que foi feita em função do projecto e de uma prática<br />

sistemática de plurilinguismo, mas o inverso: a base de trabalho foi o plano anual<br />

já concebido de acordo com o esquema habitual desta disciplina, onde se<br />

integraram, quando pertinentes, as actividades relacionadas com o projecto. Daí<br />

também que, respeitando o carácter do estudo do Latim, as actividades tenham<br />

versado a compreensão escrita (opção reforçada pela necessária delimitação do<br />

objecto de estudo e também por ser a vertente da CC em que os projectos de<br />

<strong>Intercompreensão</strong> vinham a incidir, proporcionando-nos, assim, algumas pistas de<br />

trabalho).<br />

Clarifica<strong>dos</strong> estes pressupostos, havia que clarificar, ainda, os objectivos<br />

com que iríamos para o terreno. E este foi o momento em que mais claramente nos<br />

consciencializámos da nossa postura dupla de investigadora-professora e o facto<br />

de que,<br />

there is no metatheoretical perspective, no “outside” from which to understand<br />

the activities of teaching, learning and research. They must be understood from<br />

“inside”, through social relationships which define both the mode and content<br />

of our discourse (Geelan, 1997: 25).<br />

De facto, ao querermos trabalhar com um contexto “real” e não em situação<br />

pseudo-laboratorial (com um grupo de sujeitos escolhi<strong>dos</strong> para, num ambiente<br />

mais ou menos controlado, resolverem as tarefas que pretendíamos propor),<br />

estávamos a colocar-nos a nós próprias, se não um dilema, pelo menos um<br />

elemento complexificador de toda a problemática: é que, qualquer que fosse o<br />

trabalho proposto, em que quer que consistisse a nossa “agenda” de investigação,<br />

a turma e a Disciplina intervencionadas tinham que poder colher desta experiência<br />

algo de positivo e significativo para elas; ou seja, não poderiam sentir que tudo<br />

tinha sido uma perda de tempo, um mero divertimento ou simplesmente um favor<br />

feito à investigação.<br />

Esta é, certamente, uma questão de ética na investigação em educação, mas<br />

era também, para nós, um factor incontornável: como docentes que tínhamos sido<br />

(e que continuávamos, em essência, a ser), não podíamos conceber “utilizar” o<br />

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