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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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um “produto” de compreensão que fosse apenas parcial, ou até mesmo superficial,<br />

face ao dado verbal de partida poderá, também, ter obstado a uma progressão<br />

mais significativa das alunas ao longo do tempo que durou a nossa intervenção,<br />

sobretudo ao nível do desempenho, influenciado por uma visão pouco precisa do<br />

espectro de recursos que teriam ao seu dispor – como podemos ver pela<br />

“confusão” patente no seu discurso.<br />

Para reflexão!<br />

Esta constatação sugere-nos um conjunto de interrogações: podemos, daqui,<br />

concluir acerca de um uso eventualmente indistinto destes vocábulos em contexto<br />

escolar, ou pelo menos uma reduzida preocupação com a sua clarificação junto<br />

<strong>dos</strong> alunos (cf. Souchon, 1991)? Será admissível esta confusão? Quais as suas<br />

verdadeiras implicações, no que respeita a uma formação para o Plurilinguismo<br />

como a que aqui advogamos? Será desejável ou pertinente esclarecê-la?<br />

306<br />

Na sequência das actividades propostas no âmbito do PP, outro conceito<br />

deve ainda ser aqui abordado: o de resumo (produto de compreensão mais<br />

frequentemente solicitado à turma, ainda que nem sempre tivesse sido<br />

explicitamente denominado como tal).<br />

Assumindo que os nossos sujeitos, num 11º ano de escolaridade, estariam já<br />

bastante familiariza<strong>dos</strong> com este tipo de exercício, a questão cuja resposta<br />

buscámos, no contexto desta análise, foi: o que é preciso fazer para se poder<br />

resumir um texto em LE?<br />

Uma primeira evidência: segundo as aprendentes, redigir um resumo de<br />

um dado verbal em LE implica um processo de tradução e, como tal, aquilo que é<br />

preciso para se resumir pode coincidir com o que é preciso para se traduzir, nos<br />

moldes em que esta última actividade era prioritariamente encarada pelas<br />

alunas 11 :<br />

(51) Cr passou o “rubicone” // mas olha lá tu queres traduzir tudo? //<br />

11 Cf. comentário à aula de 22 de Maio (Capítulo 3.2, pp. 155/6).

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