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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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apresentadas. Nesta categoria teremos a oportunidade de confrontar o discurso<br />

das alunas, revelador das suas opiniões e crenças em relação ao processo de<br />

compreensão de da<strong>dos</strong> verbais em LE (desconhecida ou não), com a prática<br />

observada e, deste modo, revelaremos coincidências e contradições interessantes<br />

para a compreensão das implicações da abordagem plurilingue proposta.<br />

Como a própria designação das categorias permite inferir (na primeira<br />

predominam os substantivos; a segunda inicia-se com uma forma verbal), trata-se<br />

de uma análise que se concentra, num primeiro momento (e sem que exista<br />

qualquer intenção de hierarquização <strong>dos</strong> momentos) no domínio do conhecimento<br />

declarativo sobre as línguas e que atenta, num segundo momento, no domínio<br />

processual de “trabalho” com as línguas (O’Malley & Chamot, 1990). Não<br />

consideramos que estes domínios de conhecimentos sejam sempre clara e<br />

completamente delimita<strong>dos</strong> ou que sejam estanques, mas aceitamos a teoria de<br />

Anderson (2000) de que o conhecimento declarativo é uma informação “estática”,<br />

no sentido de que diz respeito, sobretudo, a definições, factos, regras, imagens,<br />

relações temporais, etc (é o “saber”), ao passo que o conhecimento processual é<br />

uma informação dinâmica, que se traduz, neste campo em concreto, na capacidade<br />

de compreender e produzir linguagem ou na aplicação do conhecimento de regras<br />

(por exemplo gramaticais, mas também de uso ou pragmáticas, entre outras) para<br />

resolver um problema (será o “saber-fazer”).<br />

Acreditamos, esclareça-se, que os conhecimentos declarativos suportam (ou<br />

terão o potencial de suportar) os processuais e podem, retroactivamente, ser<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> em consequência das acções do sujeito. A nossa análise permitiu-<br />

-nos, no entanto, constatar que nem sempre as alunas souberam como actualizar,<br />

na acção, os conhecimentos declarativos que possuíam ou que, por vezes, ao agir,<br />

manifestavam conhecimentos que, aparentemente, não tinham consciência de<br />

possuir. Consideramos, por isso, pertinente e corroborador das nossas próprias<br />

observações o esclarecimento de Teresa Alegre que nos dá conta, por um lado, de<br />

que a consciência linguística apresenta dois níveis distintos: um que envolve uma<br />

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