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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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com essa diversidade, ocorrência que só se poderia concretizar pela introdução,<br />

nas aulas de línguas específicas, de outras línguas, mesmo que não estudadas<br />

formalmente pelos alunos ou não previstas no currículo escolar português. Não<br />

nos limitaríamos, como já o não fez o projecto ILTE, a uma família de línguas<br />

específica, embora pretendêssemos dar prioridade às línguas europeias, uma vez<br />

que estas teriam, em nosso entender, maior probabilidade de surgir no caminho<br />

<strong>dos</strong> nossos aprendentes. Por outro lado, e do ponto de vista do nosso próprio<br />

trabalho de concepção de actividades de intervenção, era também com estas<br />

línguas que nos sentíamos mais competentes para lidar ou com maior facilidade<br />

de encontrar sujeitos que nos auxiliassem nesta tarefa.<br />

As línguas apresentadas assumiriam, pois, um duplo estatuto: seriam por<br />

um lado veículo de informação de conteú<strong>dos</strong> constantes do Programa da<br />

Disciplina e, por outro, pretexto para actividades de índole linguística passíveis de<br />

contribuir para o desenvolvimento da dita competência comunicativa plurilingue<br />

<strong>dos</strong> aprendentes (no Capítulo 2.3 apresentaremos as actividades concebidas, seus<br />

propósitos e fundamentação).<br />

Quanto à vertente de auto-didactismo característica <strong>dos</strong> vários projectos<br />

sobre <strong>Intercompreensão</strong>, esta transformava-se, na nossa concepção, numa<br />

focalização em solicitações de índole reflexiva sobre as línguas e sobre as<br />

estratégias utilizadas quando em contacto com elas, como forma de<br />

consciencialização, estruturação e eventual consolidação <strong>dos</strong> conhecimentos<br />

adquiri<strong>dos</strong>, fossem eles de ordem declarativa ou processual.<br />

Não esqueçamos que isto a que chamámos “pressupostos” eram afinal,<br />

nesta fase do nosso percurso investigativo, quase exclusivamente formulações de<br />

intuições, que porém determinaram o trabalho que foi realizado no terreno. Da<br />

validade e pertinência destas intuições só mais tarde pudemos averiguar, face aos<br />

da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>, ao aprofundamento teórico de matérias ligadas ao ensino-<br />

-<strong>aprendizagem</strong> de línguas (em particular de LE) e às discussões de que o nosso<br />

projecto foi sendo alvo ao longo do seu curso.<br />

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