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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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ideia mais pormenorizada // contudo não podemos dizer que esta é uma tradução à letra pois<br />

existem algumas diferenças / como por exemplo no primeiro texto diz-nos que existem nove<br />

saunas... enquanto que no segundo diz que tem várias... e não especifica a sua quantidade (…)<br />

(189) P e então acham que o segundo texto é uma tradução mesmo<br />

(190) N (INT) não literal / não é uma tradução à letra mas... quase // falha em algum<br />

pormenor ou outro mas... pode ser considerada uma tradução do primeiro<br />

(191) CS até porque fala das mesmas termas... e <strong>dos</strong> lugares<br />

(Apêndice II.1 – nº32);<br />

(277) CI ahm... este texto... é um texto em inglês // como temos conhecimento desta língua<br />

não nos é assim tão difícil compreender / ahm... é baseado no texto anterior... tem a mesma<br />

descrição embora o texto anterior nos seja mais fácil de perceber devido a ser uma língua mais<br />

parecida com o português<br />

(Apêndice II.1 – nº33);<br />

A turma não identifica imediatamente o texto inglês como tradução do latino que estão a<br />

trabalhar. Cf:<br />

(37) P está? / terminaram? // então... agora ponham ao lado desse texto o texto latino se<br />

fazem favor // o texto latino ao lado desse texto e... uma vez que para... para fazerem a<br />

separação de ideias ou orações releram o texto... / assim à partida... digam-me / têm alguma<br />

semelhança... em termos de conteúdo... o texto / esse texto em inglês com o texto... latino? // que<br />

vos pareceu? // tem semelhança de conteú<strong>dos</strong>?<br />

(38) N tem<br />

(Apêndice II.1 – nº36).<br />

“Tem semelhança de conteú<strong>dos</strong>”, aborda o mesmo tema, tem muitas<br />

parecenças… – mas não há, da parte das aprendentes, uma assumpção imediata e<br />

clara de que se trata de “traduções”. E porquê? Cremos que a resposta surge nas<br />

palavras de AP: não são “traduções rigorosas”(note-se também a preocupação de<br />

CS em clarificar que “não podemos dizer que esta é uma tradução à letra” – nº32).<br />

Para reflexão!<br />

A noção de “rigor” na tradução que parece subjazer a estas posturas das alunas<br />

recorda-nos as chamadas de atenção de Fonteuberta i Gel (2000) em relação à<br />

necessidade de o tradutor conhecer com profundidade as duas línguas que estão<br />

em jogo numa tradução, dado que a tradução é uma especialização, bem como a

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