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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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tandis que parmi les apprenants avancés, les procédés s’organisent de manière<br />

ascendant à partir des formes linguistiques identifiées (comme chez les natifs),<br />

les débutants en sont réduits à recourir aux stratégies activant leurs savoirs<br />

encyclopédiques et pragmatico-situationnels. Le décodage passe alors par des<br />

opérations descendantes (2004: 46).<br />

Para reflexão!<br />

Qual o estatuto das nossas alunas, enquanto leitoras, face aos textos apresenta<strong>dos</strong>?<br />

Poderemos considerá-las “débutants”, pelo facto de não dominarem as línguas em<br />

causa, quando, na prática, agem como “avancés”, provavelmente por transferirem<br />

para esta situação os procedimentos de leitura que utilizam quando confrontadas<br />

com línguas que dominam, em maior ou menor grau?<br />

Dizemos que esta contradição é mais aparente do que real porque, de facto,<br />

como tínhamos observado já nas análises iniciais (cf. Capítulo 4.1), quando a<br />

capacidade de descodificação <strong>dos</strong> vocábulos não foi suficiente para permitir uma<br />

compreensão <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> verbais apresenta<strong>dos</strong>, as nossas aprendentes tiveram que<br />

se voltar, talvez sem o reconhecerem ou, pelo menos, sem o quererem valorizar,<br />

para a activação de outro tipo de conhecimentos, nomeadamente de índole<br />

referencial, eventualmente adquiri<strong>dos</strong> em contextos informais. Isto não invalida,<br />

no entanto, que a sua primeira opção tenha sido a tentativa de uma abordagem de<br />

tipo ascendente (para usarmos a linguagem <strong>dos</strong> autores atrás cita<strong>dos</strong>).<br />

Neste momento inicial de reflexão explícita sobre o processo de leitura<br />

destaca-se também, pela reduzida evidência, a activação de uma competência<br />

discursiva (QECR, 2001: 174), apontando para a organização do conteúdo e<br />

estruturação do discurso. De facto, na resposta à solicitação em causa, apenas em<br />

Apêndice II.2 – nº 100 encontramos indícios desta competência, em termos<br />

semelhantes aos que Souchon também teve oportunidade de verificar no estudo<br />

que realizou, onde constatou a quase ausência de referências à la cohérence textuelle,<br />

ce problème n’étant évoqué qu’à travers l’histoire, “la suite de l’histoire” ou la “logique du<br />

texte” (1991: 119) – no nosso caso encontramos a expressão “relacionando cada

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