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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Para a caracterização que designámos por linguístico-comunicativa – uma<br />

caracterização em que buscávamos conhecimento sobre as capacidades das alunas<br />

em lidar com a linguagem verbal, nas suas múltiplas dimensões–, houve também<br />

a necessidade de procurar instrumentos específicos, passíveis de fornecer um<br />

conjunto de informações concretas e orientadas para o curso de trabalho posterior<br />

e para as próprias finalidades gerais do projecto. Ou seja, uma vez que o PP a<br />

desenvolver com a turma pressupunha uma competência de compreensão global,<br />

competência essa que é, em grande parte, desenvolvida na LM do sujeito e depois<br />

alargada ou enriquecida pelo contacto com outras línguas, parecia-nos útil<br />

conhecermos melhor as nossas alunas também neste domínio.<br />

A competência de compreensão por nós visada era uma competência<br />

global, próxima da CC (Hymes, 1984; Andrade, 1997) mas centrada sobre a<br />

compreensão, que abarcasse a capacidade de apreender informação, conceitos e<br />

contextos, de os relacionar, de transpor, de deduzir e induzir ideias; tratava-se, em<br />

suma, de uma competência cognitivo-comunicativa lata, que relacionaria<br />

capacidade de compreensão do mundo com capacidade de descobrir e analisar<br />

esse mundo em manifestações verbais concretas. Daí que tenhamos, inicialmente,<br />

designado esta caracterização como “cognitiva e linguístico-comunicativa” (uma<br />

estratégia de desdobramento de conceitos para nos ajudar a ter presente o que<br />

queríamos conhecer).<br />

A realização do diagnóstico desta competência alargada cumpriria dois<br />

objectivos fundamentais:<br />

1. fornecer conhecimento sobre a capacidade de compreensão das<br />

aprendentes;<br />

2. orientar a concepção das actividades e materiais a apresentar ao público-<br />

-alvo com vista a uma maior adequação às suas características.<br />

De modo a dar cumprimento a estes objectivos, fizemos várias leituras<br />

sobre tipos de instrumentos passíveis de serem utiliza<strong>dos</strong>, de preferência já<br />

valida<strong>dos</strong> (uma vez que não dispunhamos, nesta fase, de tempo para os conceber<br />

de raíz e avaliá-los correcta e cientificamente – e nem era esse o objectivo central

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