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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Em que consiste, então, esta Competência Plurilingue (CP), outro <strong>dos</strong><br />

conceitos-chave do nosso trabalho?<br />

Em termos latos e de enquadramento socio-político, concordamos com a<br />

Comissão das Comunidades Europeias quando afirma que a capacidade de<br />

compreender e de comunicar em mais do que uma língua – capacidade que<br />

muitas pessoas no mundo já detêm -, é una habilidad de por vida deseable para to<strong>dos</strong><br />

los ciudadanos europeos, na medida em que anima os sujeitos a abrirem-se às<br />

culturas e pontos de vista <strong>dos</strong> outros, melhora a sua capacidade cognitiva e<br />

consolida o conhecimento da LM (2005: 3).<br />

Em termos específicos, adoptamos, neste trabalho, a definição apresentada<br />

no QECR, onde se considera que esta competência diz respeito a uma “capacidade<br />

para utilizar as línguas para comunicar na interacção cultural, na qual o indivíduo, na sua<br />

qualidade de actor social, possui proficiência em várias línguas, em diferentes níveis, bem<br />

como experiência de várias culturas” (Alves, 2001: 231). Consideramos pertinente a<br />

leitura de Vorstman, que chama a atenção para o facto de que,<br />

par la définition de la compétence plurilingue ainsi présentée, on reconnaît la<br />

langue comme moyen de communiquer et de s‘identifier. C’est une compétence<br />

tant réceptive que productive, qui comprend non seulement la maîtrise du<br />

linguistique mais aussi la mise en place de stratégies qui aident le locuteur<br />

lorsque les difficultés apparaissent (2006: 39).<br />

Aceitamos, ainda, a explicitação de Andrade, Araújo e Sá et al. (2003) de que<br />

esta competência, cujo entendimento parte da noção de Competência<br />

Comunicativa, já estabilizada (Hymes, 1984) 10 , mas agora alargada pela “adição”<br />

da noção de Plurilinguismo, é por natureza:<br />

- particular a um determinado indivíduo – porque se constrói com base nas suas<br />

experiências pessoais,<br />

- dinâmica – pois cada nova experiência, cada situação vivida, para ela poderá<br />

contribuir,<br />

10 Segundo Coste (1998), apesar da noção de Competência Comunicativa ter sido muito fecunda, ela também<br />

contribuiu (paradoxalmente em relação às proposições e intenções iniciais de Hymes) para reforçar o modelo<br />

do nativo e reintroduzir representações bem ambiciosas <strong>dos</strong> objectivos de <strong>aprendizagem</strong> de LE.

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