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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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(Apêndice II.1 – nº43);<br />

(25) E em que termos é que vocês faziam essa análise? / que tipo de análise digamos<br />

assim //<br />

(26) I era só a associação de algumas palavras... / esta é conhecida... esta também...<br />

ligávamos e... era assim que nós chegávamos lá<br />

(Apêndice II.1 – nº51).<br />

Também o conceito de análise é fluido, no pensamento de várias das<br />

aprendentes, e parece designar um conjunto de operações de índole, sobretudo,<br />

reflexiva e indutiva, passíveis de permitir a inferência e a reconstrução do sentido<br />

do dado verbal desconhecido. Só M chega a referenciar claramente o processo de<br />

análise morfossintáctica 10 :<br />

A propósito da tentativa de compreensão do texto em Romeno, que tinha sido apresentado no<br />

Questionário Final:<br />

(109) E (…) neste momento.... embora não tenhas tido muito tempo... achas que chegaste<br />

a uma compreensão pelo menos parcial do texto?<br />

(110) M não<br />

(111) E então o que é que seria necessário fazer mais? //<br />

(112) M analisar<br />

(113) E que tipo de análise? / como é que começarias a fazer essa análise? (SIL)<br />

(114) M tentar... saber o significado das palavras //<br />

(115) E de todas as palavras?<br />

(116) M depois uma análise sintáctica<br />

(Apêndice II.1 – nº59);<br />

(133) E sim / mas por exemplo quando vocês traduzem textos em latim não se podem<br />

basear exclusivamente no significado das palavras<br />

(134) M não / é através da análise / sintáctica e morfológica<br />

(Apêndice II.1 – nº60).<br />

Aquelas operações de reflexão aparentam basear-se, pelo menos no que<br />

respeita à análise de textos em línguas nunca estudadas, na descodificação e<br />

10 Esta seria a acepção que esperávamos encontrar com maiores frequência e clareza, até porque, como<br />

classicista, era aquela com que mais nos identificávamos, fruto de uma prática em que a resposta à pergunta<br />

“O que é analisar?” seria: é saber reconhecer o sujeito, o predicado, o objeto direto, o objeto indireto, os complementos<br />

nominais, o complemento agente da passiva, o complemento apôsto e o vocativo (Spalding, 1982: 16).<br />

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