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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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cultura e a língua do Outro, pois reconhece-se, também, que o recurso a uma<br />

língua veicular, para além da questionabilidade <strong>dos</strong> fundamentos da sua selecção<br />

ou a improbabilidade de se manter una e estática, não poderá suprir outras<br />

funções importantes das línguas (nomeadamente identitárias e de expressão de<br />

particularidades socio-culturais) e da sua <strong>aprendizagem</strong>, entre as quais:<br />

promozione del rispetto reciproco alla scoperta delle culture e tradizioni altrui,<br />

dalla possibilità di accedere al patrimonio letterario delle altre lingue a quella di<br />

poter comunicare direttamente, senza passare per un doppio filtro, con la<br />

stragrande maggioranza dei cittadini dell’Unione (Vlaeminck, 2004: 13) [e<br />

do Mundo] (acrescentaríamos nós).<br />

À escola, e em particular à área curricular das línguas, coloca-se, assim, o<br />

desafio de corresponder a este imperativo formativo colocado pela própria<br />

sociedade, que lhe pede adaptação das práticas didácticas às necessidades <strong>dos</strong><br />

cidadãos e adaptação às mudanças constantes exigidas pela vida actual, bem como<br />

o desempenho de um papel activo na criação de ambientes favoráveis às línguas<br />

(Vlaeminck, 2004; Brotto, 2004b; Bernaus, 2005). A resposta das instituições<br />

educativas passará, nomeadamente, pelo desenvolvimento da Competência<br />

Plurilingue e da Competência Intercultural <strong>dos</strong> seus forman<strong>dos</strong>, que dificilmente<br />

ocorrerá sem que exista um processo de reflexão sobre o porquê e o como de o<br />

fazer (o que procurámos realizar neste capítulo). É que se, do ponto de vista do<br />

desenho curricular, será difícil deixarmos de ter como modelo os “cursos de uma<br />

língua” (como os designa Candelier, 2005), do ponto de vista da gestão do<br />

currículo, nomeadamente da gestão interna desses cursos, o desafio lançado<br />

consiste em que, por um lado, se coloquem em prática os princípios de uma<br />

didáctica de línguas integrada (qui vise à aider l’apprenant à établir des liens entre un<br />

nombre limité de langues, celles dont on vise l’apprentissage dans un cursus scolaire<br />

classique; Candelier, 2005: 42) e, por outro, se tire partido das competências<br />

adquiridas pelos aprendentes, através de outras abordagens, qu’il s’agisse d’éveil<br />

aux langues ou d’intercompréhension entre langues parentes (idem: 44).<br />

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