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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Dos vários textos nele constantes, dois foram essenciais para o início da<br />

construção do quadro conceptual que viria a informar as primeiras fases do nosso<br />

trabalho, a saber: “<strong>Intercompreensão</strong>: conceito e utilidade no processo de<br />

ensino/<strong>aprendizagem</strong> das línguas”, da autoria de Ana Isabel Andrade, e “A<br />

competência plurilingue e a competência de <strong>Intercompreensão</strong>”, de Mª José Veiga.<br />

Foi, pois, a partir da leitura destes documentos que nos apercebemos, em<br />

primeiro lugar, da novidade do conceito com que nos propunhamos trabalhar, tal<br />

como o prova a sua ausência em dicionários de Didáctica das Línguas (DL), de Ciências da<br />

Linguagem ou de Educação ou ainda em obras sobre a formação de professores de línguas<br />

(Andrade, 1999: 55), mas, simultaneamente, da importância que lhe vinha sendo<br />

atribuída no contexto de diversas reflexões realizadas a nível europeu - no entanto,<br />

quer no quadro de projectos europeus, quer no quadro do Conselho da Europa, a sua<br />

importância parece emergir (idem) -, aspectos que reforçaram a nossa confiança na<br />

pertinência e actualidade do estudo que estávamos a conceber.<br />

Quanto à novidade do conceito, pelo menos no que ao campo da Didáctica<br />

de Línguas (DL) ou da Educação em Línguas (EL) diz respeito, já a<br />

depreendêramos, quer pelo escasso número de publicações encontradas, na época,<br />

cujos títulos contemplassem o vocábulo “<strong>Intercompreensão</strong>” na mesma acepção<br />

que lhe pretendíamos dar 1 (e das encontradas praticamente todas elas respeitavam<br />

à segunda metade da década de 90), quer pelo facto de pesquisas desta palavra,<br />

realizadas na Internet por meio de motores de busca de abrangência internacional,<br />

retornarem, ao tempo, poucos ou nenhuns resulta<strong>dos</strong>.<br />

De facto, corroborando a afirmação de Andrade (supra-citada), a primeira<br />

definição propriamente dita (ou claramente assumida como tal) que encontrámos<br />

de <strong>Intercompreensão</strong>, anterior ao marco temporal mencionado, surge no<br />

Dictionnaire de Linguistique et des Sciences du Langage, da autoria de Dubois<br />

et al., publicado pela Larousse em 1994, no qual se afirma que se trata da:<br />

1 A revista <strong>Intercompreensão</strong> da Escola Superior de Santarém, por exemplo, pretendia assumir-se (e assumia a<br />

sua designação) como um espaço de diálogo entre investigadores, formadores e professores de diferentes<br />

línguas, reuni<strong>dos</strong> em torno da Didáctica das Línguas e Culturas (Ferrão Tavares, 1991, em Andrade & Araújo<br />

e Sá, 2001: 156).

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