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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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-face seria a estratégia mais adequada, pois não só demonstraria uma atenção<br />

individual ao sujeito participante no projecto, como permitiria um conhecimento<br />

mais profundo do mesmo e uma exploração de detalhes por ele forneci<strong>dos</strong><br />

(Anderson, 2002: 168).<br />

Optámos, por isso, por proceder a uma entrevista semi-estruturada<br />

(procurando, assim, uma flexibilidade que não tínhamos contemplado no Diário),<br />

que realizaríamos pessoal e individualmente com cada uma das alunas (novo<br />

momento de aproximação da investigadora aos sujeitos, que procurava também<br />

contribuir para um maior à-vontade destes nas aulas gravadas).<br />

O primeiro passo dado no processo de construção desta entrevista foi o de<br />

definir os objectivos gerais que norteariam o recurso a este instrumento de recolha<br />

de da<strong>dos</strong>, campo que tínhamos deixado, inicialmente, em aberto (cf. Capítulo<br />

2.5.2).<br />

Um primeiro objectivo teria necessariamente de ir ao encontro da grande<br />

finalidade do recurso à entrevista - a triangulação de da<strong>dos</strong>, pelo confronto das<br />

nossas percepções com as <strong>dos</strong> sujeitos envolvi<strong>dos</strong> no projecto: a entrevista permite<br />

ao observador participante confrontar a sua percepção do «significado» atribuído pelos<br />

sujeitos aos acontecimentos com aquela que os próprios sujeitos exprimem (Lessard-<br />

Hébert et al., 1994: 160).<br />

Assim, definimos como primeiro objectivo geral:<br />

- conhecer as percepções das alunas em relação ao PP.<br />

No contexto do nosso trabalho, e da postura de responsabilidade que<br />

assumíamos perante a formação das aprendentes, considerámos que a entrevista<br />

poderia ser, também, um momento privilegiado de reflexão sobre conceitos e<br />

práticas que informavam o Projecto, potencial promotor de aprendizagens, bem<br />

como sobre o ocorrido nas aulas. Esta reflexão, idealmente, deveria ter sido<br />

desenvolvida ao longo das aulas; porém, nem sempre, no momento, foi possível<br />

detectar os aspectos mais relevantes sobre os quais ela deveria incidir e conceber,<br />

em tempo útil (não demasiado afastado do momento de ocorrência), orientações<br />

para essa reflexão (nomeadamente pela não presença, nos trabalhos de grupo, do<br />

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