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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Assim, um outro aspecto tido em conta, que reforçou a opção pelo Ensino<br />

Secundário, foi precisamente a possibilidade de os alunos constituintes da turma a<br />

seleccionar terem já estudado na escola, para além da LM (o Português), pelo<br />

menos duas LE, sendo por isso, presumivelmente, detentores de um conjunto mais<br />

variado de competências de tratamento de da<strong>dos</strong> verbais do que no caso de<br />

optarmos por alunos do Ensino Básico. Iríamos, deste modo, ao encontro do<br />

postulado de Coste, Moore & Zarate (1997), que partilhávamos, de que, quanto<br />

maior e mais variado for o contacto que um sujeito estabeleça com o mundo das<br />

línguas, mais motivado e capaz ele é de estabelecer novos contactos com um<br />

mínimo de sucesso, pela actualização do corpo de conhecimentos prévios que os<br />

contactos anteriores lhe permitiram ir construindo (cf. também o conceito de<br />

“multicompetência “ proposto por Cook, 1992). Tínhamos, também, em mente a<br />

análise realizada por Miranda, que nos dava conta de que, segundo os estu<strong>dos</strong> de<br />

J. Cummins e H. Zobl:<br />

a maturidade cognitiva e o saber linguístico anterior (incluindo a experiência<br />

adquirida com a L1, quer em contexto natural quer em contexto escolar),<br />

permitem melhores prestações aos indivíduos mais velhos (adolescentes e<br />

adultos), em diversos aspectos da “performance” em L2 (1996: 100).<br />

A motivação institucional fomentava também a escolha deste nível de<br />

ensino. Pelo facto de estarmos integradas numa estrutura de investigação que<br />

pretendia construir conhecimento, contextualizado nos vários níveis de ensino,<br />

sobre processos de ensino-<strong>aprendizagem</strong> de línguas, trabalhando em torno de<br />

noções como Comunicação Intercultural e Plurilinguismo (entre outras) – o LALE<br />

(apresentado no Capítulo 1.1) –, uma estrutura na qual estavam já em curso<br />

trabalhos centra<strong>dos</strong> no Ensino Básico (nomeadamente 1º e 3º ciclos 4 ), era<br />

pertinente que o nosso projecto contribuisse para a prossecução <strong>dos</strong> objectivos do<br />

Laboratório através da realização de um estudo num nível de ensino ainda não<br />

contemplado.<br />

4 “Ensino Precoce de LE” (Filomena Martins; estudo no 1º Ciclo do Ensino Básico); “Atitudes <strong>dos</strong> aprendentes face<br />

à diversidade linguística e cultural” (Ana Raquel <strong>Simões</strong>; estudo com alunos do 9º ano).<br />

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