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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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6.1 O Sujeito perante a LE: o que pode fazer?<br />

A relação de um sujeito com uma qualquer realidade, exterior ou interior a<br />

si próprio, é sempre marcada pelas pré-concepções que ele tem acerca dessa<br />

realidade e da forma como pode, ou deve, interagir com ela, concepções que lhe<br />

podem advir da partilha de experiências de outros sujeitos ou das suas próprias<br />

vivências prévias.<br />

Isto mesmo pudemos verificar no caso em estudo, ainda que também nos<br />

tenhamos apercebido de que nem sempre o discurso coincide exactamente com a<br />

prática, quer no sentido de a coarctar, quer no sentido de a potenciar; ou seja, nem<br />

sempre pensar que não é possível fazer-se algo impede que se faça, e nem sempre<br />

achar que se pode, e deve, fazer de certa maneira é garantia de que se consiga<br />

fazê-lo.<br />

Por este motivo considerámos interessante e potencialmente elucidativo<br />

começar a análise relativa aos processos de acesso ao sentido de da<strong>dos</strong> verbais<br />

desconheci<strong>dos</strong> pelo levantamento das posturas das nossas alunas face a:<br />

- noções como “compreensão”, “tradução” e outras, o que são e o que implicam,<br />

do ponto de vista processual;<br />

- relação entre as línguas em presença – a do dado verbal, a Materna e,<br />

eventualmente, outras conhecidas do sujeito que quer compreender;<br />

- papel da <strong>aprendizagem</strong> formal de uma língua na compreensão da mesma e<br />

consequências ao nível das estratégias de compreensão utilizadas.<br />

Estas são temáticas que emergem da nossa leitura <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> e<br />

que percepcionamos como as mais passíveis de terem directamente influenciado o<br />

desempenho das aprendentes ao longo do PP.<br />

Relembramos que nem sempre acedemos às opiniões e conhecimentos das<br />

alunas sobre a temática em análise através de questões explícitas, quer nos<br />

momentos de inquérito, quer nas próprias aulas. Há alturas e exemplos de<br />

ocorrências em que as mesmas são inferidas a partir das acções, num exercício<br />

marcadamente interpretativo pessoal, que procuramos não seja abusivo mas,<br />

antes, fortemente ancorado nos diversos indícios que os da<strong>dos</strong> revelam.<br />

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