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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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com vista à sua discussão com outros profissionais da área em reuniões e<br />

congressos 1 , análises essas que eram parciais e claramente rudimentares, por vezes<br />

questionáveis, até do ponto de vista da relação com o quadro teórico, mas<br />

fundamentais no nosso próprio processo de construção de conhecimento sobre a<br />

temática e, cremos, para a compreensão do resultado final deste trabalho; num<br />

segundo momento, procederemos então a uma análise mais profunda e<br />

sistematizada <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, a qual será a base das conclusões a delinear nesta tese.<br />

indícios”.<br />

186<br />

Daí que tenhamos intitulado este capítulo de “Leitura <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> – leitura de<br />

De facto, uma vez que não tinha sido concebida a priori uma grelha de<br />

análise orientadora da leitura a fazer-se <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, o processo por nós adoptado<br />

foi precisamente o inverso, isto é, assim que tivemos na nossa posse os primeiros<br />

da<strong>dos</strong> provenientes do terreno, começámos a lê-los (ou a ouvi-los, no caso das<br />

gravações) e a procurar indícios de temáticas que poderiam contribuir para a<br />

prossecução <strong>dos</strong> objectivos investigativos inicialmente delinea<strong>dos</strong>, adoptando,<br />

deste modo, os pressupostos de um “paradigma indiciário” (Ginzburg, 1989). Este<br />

procedimento justifica-se, ainda, pela novidade de que o nosso conceito-chave, as<br />

investigações com ele relacionadas e o próprio trabalho proposto se revestiam,<br />

bem como pela nossa própria inexperiência em investigação, que não nos permitia<br />

saber, à partida, o que esperar. Assim, as “primeiras análises” realizadas foram, na<br />

realidade, “primeiras leituras” <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, leituras essas que nos permitiram não<br />

só ir compreendendo o processo em desenvolvimento, como também ir<br />

adequando o trabalho proposto àqueles que nos pareciam ser os maiores<br />

interesses e necessidades da turma.<br />

Este método de trabalho começou por assentar numa hipótese-base de<br />

índole global (para além de outros pressupostos que enunciámos no Capítulo 1),<br />

segundo a qual se considerava que um trabalho do tipo daquele que se propõe no<br />

1 Apresentaremos, por isso, citações da nossa autoria, algumas das quais não se encontram publicadas por<br />

constarem <strong>dos</strong> textos originalmente redigi<strong>dos</strong> mas altera<strong>dos</strong> em função de critérios de publicação. Note-se,<br />

ainda, que as datas das publicações são, geralmente, bastante posteriores ao momento em que os textos foram<br />

concebi<strong>dos</strong>.

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