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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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- também a maioria das inquiridas recorda com dificuldade os pedi<strong>dos</strong> de<br />

esclarecimento <strong>dos</strong> raciocínios e estratégias segui<strong>dos</strong> para a prossecução das<br />

actividades, excepção feita às alunas C e Cr (cf. Apêndice III.2 – nºs 25 e 33).<br />

426<br />

Em relação ao primeiro aspecto, se considerarmos que todo o processo de<br />

compreensão de uma LE passa necessariamente por um processo de tradução (cf.<br />

Seleskovitch & Lederer, 1989), mais ou menos sistematizado, consideramos<br />

natural que a tradução surja como a tarefa mais marcante do PP (cf. Capítulo<br />

6.1.1).<br />

Já no que respeita às questões de índole reflexiva, desapontou-nos um<br />

pouco que as aprendentes tivessem tantos problemas em recordá-las. O que terá<br />

motivado esta ocorrência? Pensamos que talvez dois factores tenham, para ela,<br />

concorrido: por um lado, a entrevista em causa foi realizada no final do PP, sendo<br />

que, no material de apoio às actividades propostas na 2ª Fase do PP (Anexo III),<br />

não eram colocadas questões nem instruções para as tarefas – a condução destas<br />

era deixada mais a cargo do docente, que as procurava integrar, conforme era<br />

capaz, no contexto do trabalho da disciplina; por outro lado, como as próprias<br />

aprendentes mencionaram, este tipo de questões constituiu uma novidade –<br />

talvez, no seu ponto de vista, uma característica do trabalho de investigação com<br />

que estavam a colaborar (cf. Apêndice III.2 – nºs 23, 25, 44) e, por isso, uma<br />

singularidade, uma particularidade que não teria muita relação com o trabalho<br />

típico de sala de aula (cf. Capítulo 7.1), logo, algo pontual, logo, algo “fácil” de<br />

esquecer, pelo menos num primeiro momento de questionamento. Talvez também<br />

por isto apenas Cr e CS tenham atribuído a este tipo de questões um papel de<br />

relevo para a sua própria <strong>aprendizagem</strong> e N para uma <strong>aprendizagem</strong> de índole<br />

colaborativa:<br />

(11) E hm hm / porque é que achas que se perguntava isso? (SIL)<br />

(12) Cr não sei / talvez... para ver qual era o método por que nós chegávamos lá... não sei<br />

(…)<br />

(15) E mas... consideras que pode ter alguma utilidade... / perguntar-se como é que vocês<br />

raciocinaram... que passos deram para chegar às conclusões? // ou... achas que nem por isso? //<br />

(16) Cr não sei / se calhar até tem... // se calhar obriga-nos também a pensar sobre porque<br />

é que fizemos desta maneira e não fizemos doutra / porque é que... porque é que utilizámos esta

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