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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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estrangeiras e a nossa formação académica consistia numa Licenciatura em Ensino<br />

de Português, Latim e Grego. A nossa resposta, decorrente da prática de ensino<br />

que até ao momento detínhamos (um ano e dois meses, excluindo o estágio<br />

pedagógico), foi a de que não víamos as línguas como compartimentos estanques<br />

e que, na prática, nos tínhamos apercebido de como poderia ser interessante e<br />

profícuo, para os alunos integra<strong>dos</strong> no currículo escolar português, a exploração<br />

de pontos de contacto entre as línguas, o comparar, por exemplo, uma dada<br />

temática gramatical que se estava a estudar em Latim com a mesma temática já<br />

estudada, ou em estudo em simultâneo, noutra língua do currículo; de como<br />

alguns <strong>dos</strong> próprios alunos, mais atentos e conscientes do funcionamento das<br />

línguas, nos tinham chamado a atenção para essa mesma possibilidade e, a partir<br />

daí, tinham contribuído para um enriquecimento da aula, <strong>dos</strong> colegas e da própria<br />

professora; e de como nós próprias, quando solicitando aos alunos que<br />

descobrissem o significado de uma palavra portuguesa desconhecida pelo recurso<br />

ao Francês, língua que estudavam na escola – a conjunção causal “ca” que surge<br />

nos textos medievais estuda<strong>dos</strong> no Secundário –, verificávamos a dificuldade que<br />

constituía para eles essa comparação, esse solicitar consciente de uma outra língua<br />

do currículo para o espaço curricular dedicado à língua portuguesa. Mencionámos<br />

ainda, por outro lado, a nossa própria experiência de discente universitária,<br />

frequentadora de um curso que exigia competência de leitura em diversas línguas<br />

estrangeiras, inclusivamente línguas não estudadas na escola, como forma de<br />

acesso a obras de referência essenciais para o aprofundamento das temáticas em<br />

estudo, as dificuldades que tal facto inicialmente nos levantou, como as<br />

superámos e como vimos que outros colegas não conseguiam lidar com tal<br />

solicitação, preferindo evitar a leitura dessas obras.<br />

Segundo a nossa resposta, poderia ser este o ponto de contacto entre a<br />

nossa formação e as linhas orientadoras do Laboratório onde nos pretendíamos<br />

inserir e era esta, de alguma forma, uma das preocupações que nos tinha animado<br />

para investir numa pós-graduação: sentindo que o ensino-<strong>aprendizagem</strong> de<br />

línguas na escola estava longe de ser perfeito e de responder às exigências que, em<br />

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