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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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leitura focalizada que deveria ser igualmente objecto de <strong>aprendizagem</strong> escolar (cf.<br />

Cassany, Luna & Sanz, 2000).<br />

410<br />

Esta abordagem <strong>dos</strong> textos por intermédio de uma estratégia de leitura<br />

global não constituiria novidade apenas no trabalho da disciplina de Latim;<br />

aparentemente, a opção pela estratégia de bottom-up também era recorrente em<br />

outras disciplinas de línguas:<br />

(74) AP sim porque por exemplo / nós a inglês não tivemos essa experiência porque nós a<br />

inglês... quando nos é dado um texto... ahm... temos sempre as perguntas de interpretação e<br />

não sei quê / e é-nos sempre necessário conhecer... / quase todo o texto // porque as perguntas<br />

que nos são feitas... dizem respeito a quase todo o texto / enquanto que quando nós tentámos<br />

fazer um... um apanhado do texto / com o projecto/ não... não foi necessário conhecer tudo /<br />

porque não tínhamos... uma ordem de perguntas para responder<br />

(Apêndice III.1 – nº94).<br />

A leitura desta ocorrência parece constituir um paradoxo em relação ao que<br />

afirmámos acima sobre a leitura focalizada, já que, aparentemente, esta seria mais<br />

corrente na prática das alunas, visando a resposta às “perguntas de interpretação”;<br />

note-se, porém, que AP igualmente realça a necessidade de<br />

conhecerem/compreenderem “quase todo o texto”, o que nos leva a considerar<br />

que estariam mais acostumadas a parafrasear os enuncia<strong>dos</strong> verbais do que a<br />

identificar informação específica.<br />

Completa novidade em relação à prática escolar não constituiu,<br />

aparentemente, o recurso à comparação interlinguística, pelo menos na disciplina<br />

em causa,<br />

(5) E que relação existe entre este trabalho / o que foi feito no âmbito do projecto / e<br />

aquele que vocês habitualmente realizam na aula de latim? //<br />

(6) AP nós... nas aulas de latim recorremos muito a... às vezes a outras línguas ao inglês<br />

/ às vezes assim... o professor algumas vezes começa assim... o que é que vos faz lembrar e não<br />

sei quê<br />

(Apêndice III.1 – nº54).

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