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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Dès lors la prise en compte, au niveau didactique, de la proximité des langues,<br />

peut participer d’une réelle évolution scientifique. Il s’agit de développer des<br />

pratiques de transfert et d’ouverture où s’articuleraient de façon souple le<br />

«même» et le «différent»: on peut trouver là à la fois une orientation<br />

méthodologique et une perspective humaniste et citoyenne (Éloy, 2004: 401).<br />

Partindo destas mesmas afirmações, compreendemos que a<br />

<strong>Intercompreensão</strong> pode inspirar práticas metodológicas e didácticas específicas,<br />

podendo dar corpo, não tanto a uma Didáctica da <strong>Intercompreensão</strong>, mas,<br />

sobretudo, a uma “pedagogia das línguas próximas” (Robert, 2004: 508) 26 .<br />

Os pontos de maior acordo terminam por aqui. Como lidar com estes e<br />

ainda com as diferenças?<br />

Passemos a tentar identificar alguns conceitos ou expressões mais<br />

específicos que nos podem ajudar a reduzir o leque de acepções a incluir na nossa<br />

clarificação da noção de <strong>Intercompreensão</strong>.<br />

Para o cerne da acepção da <strong>Intercompreensão</strong> como “método”, que<br />

abordámos no Capítulo 9.1.2, poder-se-á reservar a expressão – que surgiu, aliás,<br />

em alguns textos – de método(s) intercompreensivo(s) (cf. Klein, 2004; Doyé,<br />

2005a; DLF, 2006). Serão méto<strong>dos</strong> (ou metodologias?...) de ensino-<strong>aprendizagem</strong><br />

de línguas inspira<strong>dos</strong> nos princípios da <strong>Intercompreensão</strong> e que, por isso, visam<br />

em particular o desenvolvimento das competências que a servem, através,<br />

sobretudo, da proposta de tarefas de confronto intra e inter-linguísticas, que<br />

potenciem a realização de comparações e transferências e a rentabilização <strong>dos</strong><br />

conhecimentos prévios, em particular de ordem linguístico-comunicativa. A<br />

implementação destes méto<strong>dos</strong> poderá assumir contornos variáveis (e assentar em<br />

competências distintas), como por exemplo os de uma abordagem que parte das<br />

competências linguísticas adquiridas numa língua A para o desenvolvimento de<br />

26 Não nos identificamos com a expressão “didáctica da <strong>Intercompreensão</strong>”, que é utilizada, por exemplo, por<br />

Meissner et al. (2004) – autores que oscilam, inclusivamente, no uso das expressões “ensinar a<br />

<strong>Intercompreensão</strong>” e “ensinar o Plurilinguismo” (cf. pp. 52/53) – , na medida em que, como veremos adiante,<br />

considerando a <strong>Intercompreensão</strong> como um fenómeno intrinsecamente ligado à interacção, pensamos que ela<br />

não pode ensinada como se de um objecto específico se tratasse. Preferimos, por isso, a expressão “didáctica<br />

para a <strong>Intercompreensão</strong>”, como componente de uma “didáctica do plurilinguismo”.<br />

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