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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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egras, a norma da nossa LM. Retomando as palavras de Ploquin – pour que<br />

l’intercompréhension commence à se répandre dans l’esprit du public, il faut que chacun<br />

change son attitude (2006: 20) – e adaptando-lhes o contexto (pois a autora refere-se<br />

ao facto de um falante de uma língua românica procurar falar a língua, também<br />

românica, do seu interlocutor, sobretudo se estiver no país deste), pensamos ser<br />

lícito propor que, para que a <strong>Intercompreensão</strong> se difunda, é necessário que<br />

aceitemos o Outro, tanto no que respeita às suas características, como no que se<br />

refere às suas possibilidades ou opções comunicativas, sem recusarmos empregar<br />

o esforço e as competências necessárias à co-construção de senti<strong>dos</strong>, à prossecução<br />

de um diálogo em que ambos se consideram competentes (em domínios e graus<br />

diferencia<strong>dos</strong>, em termos específicos, isto é, no que respeita às competências<br />

linguístico-comunicativas, mas igualmente competentes em termos comunicativos<br />

globais). Com esta ideia pensamos reforçar, igualmente, a afirmação de Noguerol<br />

& Vilà que, a propósito <strong>dos</strong> módulos didácticos do Ja-Ling, afirmam ser um <strong>dos</strong><br />

objectivos destes a consciencialização de professores e alunos para o facto de que<br />

comunicarse implica la voluntad de hacerlo y de que esta voluntad no está exenta de un<br />

cierto esfuerzo por comprender al outro (s.d.: 9) e por se fazer compreender, quando o<br />

outro manifestar dificuldades. Um comentário semelhante encontramos em<br />

Llorente Pinto, na brochura onde a equipa espanhola que participou no projecto<br />

ILTE afirma preferir uma definição mais global de <strong>Intercompreensão</strong> na medida<br />

em que, face a alguns exemplos aponta<strong>dos</strong> 10 , los interlocutores tienen que hacer el<br />

esfuerzo de comprender y de hacerse comprender para lo que hay que movilizar una serie de<br />

estrategias no sólo de comprensión, sino también de expresión (2002: 9).<br />

522<br />

Ainda em relação a esta valorização das competências receptivas, que<br />

North, como vimos, considera no seu todo, ou seja, englobando o oral e o escrito e,<br />

sobretudo, incluindo a interacção directa com outros interlocutores, note-se como<br />

as palavras de Ploquin indiciam uma abrangência do conceito aparentemente<br />

10 Uma jovem russa a trabalhar em Itália, que responde em Italiano às perguntas, em Espanhol, feitas por um<br />

jornalista espanhol; o uso de variedades distintas da mesma língua (como por exemplo no âmbito<br />

hispanoamericano).

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