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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Foi no que se refere à dimensão performativa, isto é, ao desempenho<br />

linguístico-comunicativo das aprendentes que, pensamos, o contributo do PP foi<br />

menos conseguido, se bem que seja difícil, ao nível da análise <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>,<br />

distinguir esta dimensão da anterior, sobretudo porque só conseguimos aceder à<br />

“consciência cognitiva” através <strong>dos</strong> desempenhos, das acções e afirmações<br />

produzidas pelas alunas quando confrontadas com os textos e tarefas propostas.<br />

Mas talvez consideremos que o PP foi menos bem sucedido nesta dimensão<br />

porque ela nos leva a balançar entre resulta<strong>dos</strong> e processos, tal como aconteceu<br />

com as alunas, quando confrontámos a prática proposta pelo PP com a sua prática<br />

escolar habitual. De facto, algumas das estratégias que as aprendentes usaram,<br />

algumas das comparações que fizeram ou <strong>dos</strong> raciocínios que expressaram<br />

conduziram-nas a conclusões erradas, e talvez, neste sentido, a sua capacidade<br />

performativa tenha sido, por vezes, deficitária. Não deixa, porém, de ser verdade<br />

que, apesar <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> erra<strong>dos</strong>, tenham aprendido algo – pelo menos que o<br />

caminho seguido não era o mais adequado naquela situação, por exemplo; que,<br />

pelo menos potencialmente, tenham ficado mais atentas às diversas formas de<br />

aproximação a da<strong>dos</strong> verbais, em particular em LE e, sobretudo, em línguas que<br />

nunca estudaram; que tenham compreendido que há aspectos de funcionamento<br />

das línguas europeias que são semelhantes e que elas, como falantes e/ou<br />

conhecedoras de várias línguas, por este mesmo motivo, dispõem de recursos que<br />

lhes permitem aceder, ainda que parcialmente, a grande número dessas línguas;<br />

que tenham verificado que, apesar das semelhanças, é necessário estar alerta para<br />

as diferenças e não se deixar “iludir” por uma possibilidade de decalque mais ou<br />

menos objectivo. E se um trabalho como o que foi proposto no âmbito do PP,<br />

apesar de todas as suas limitações, pode promover a consciencialização a to<strong>dos</strong><br />

estes níveis, o desempenho final esperado, o resultado correcto, acabará por<br />

emergir, talvez fruto de mais e melhores oportunidades de práticas deste tipo,<br />

talvez fruto de um progressivo amadurecimento, inclusivamente meta-cognitivo,<br />

<strong>dos</strong> próprios sujeitos envolvi<strong>dos</strong>, alunos e professores. O contributo do PP no que<br />

se refere à dimensão performativa da LA das aprendentes terá estado, assim,<br />

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